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Estética - OUSE SABER!

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322 Míchcl Kniir.iuH Dllos r Ksrrltos<br />

A Inversão do pró e do contra. ICu disso, p o r exem plo, em /\s<br />

palavras e as coisas, que as o b ras dc N ielzselie e dc M allarm é<br />

haviam introduzido Importantes m odificações 110 seio do deba­<br />

te filosófico e literário que ocorreu 110 sécu lo XIX; eu alé preci­<br />

sei meu pensamento acentuando, m ais adiante, o com eço, com<br />

Nietzsche. da "erradicação" da antropologia. S ã o afirm ações<br />

que pouco podem levar à perplexidade; in as o S r. Steiner as<br />

substitui por outra afirmação m uito m ais im provável, segundo<br />

a qual Mallarmé e Nietzsche são as “p rin cip ais testem u n h as” da<br />

epistenie que se formou no início do século XIX.<br />

I)a mesma forma, no que se refere a L a m a rc k , m ostrei alé<br />

que ponto seu papel tinha sido lim itado em se trata n d o d o nas­<br />

cimento da biologia no século XIX, m esm o q u e s u a s idéias tc-<br />

nham sido objeto de debates apaixonados. D iz e n d o isso, nada<br />

digo que pudesse surpreender muito os h isto ria d o re s da biolo­<br />

gia. F. Jacob. que é o mais recente dentre eles e ta m b é m um dos<br />

grandes biólogos dc nossa época, deu recentem ente um a de­<br />

monstração muito convincente so b re is s o 10. O S r. Stein er afir­<br />

ma (e ele tem a amabilidade de querer m e felicitar p o r Isso) que<br />

mostrei o "papel fascinante" que d esem p e n h a L a m a rc k no pen­<br />

samento biológico moderno.<br />

Quis mostrar que 0 aparecim ento da p ala v ra “lite ratu ra” es­<br />

tava, sem dúvida, ligado a um a form a e a u m a fu n ção novas da<br />

linguagem literária - uma linguagem que, s o b asp e c to s bastante<br />

diferentes, existia desde a Antigüidade grega. O S r. Steiner<br />

substitui essa proposição por aquela, in discutivelm en te muito<br />

mais improvável e arriscada, segundo a qual não h averia cm Cí­<br />

cero, Platão ou Tucídides uso literário d a lin gu agem .<br />

A introdução de elem entos estranhos. P>m A s p a la v ra s e as<br />

coisas, tentei examinar o jogo de correlações, dc a n a lo gias e de<br />

diferenças que existem no interior de vário s d o m ín io s d o saber,<br />

em uma dada época (na teoria da linguagem , a h istó ria natural,<br />

a economia política, a teoria da represen tação); preten di desen­<br />

volver a análise sem recorrer a noções tais co m o as d e “espíri­<br />

to" ou de "sensibilidade" de um a época; além d o m ais, tentei<br />

compreender, em função das regras e d a s c o m b in a ç õ e s dessas<br />

correlações, dessas analogias e d e ssa s d iferen ças, o s objetos,<br />

os conceitos e as teorias que se form a ram n esses diferentes do­<br />

mínios. Introduzindo termos com o “espírito", “consciência" e<br />

10. La lo g lq ue titi u lv a n t, U n e lits to lrc 1 I r riié ré d lté . Paris, (lalllmarcl, 1970

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