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Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

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174<br />

To<strong>da</strong>via não se chegou a esse resultado sem vencer<br />

resistências. '<br />

A principio, o povo, e em particular a parte piedosa<br />

delle, assignalou as duvi<strong>da</strong>s que se levantavam como um<br />

brado de atheismo. Os suppostos culpados foram priva-<br />

dos de seos bens, exilados muitos e mortos não poucos.<br />

O publico, estava convencido de que certas coisas que<br />

eram cri<strong>da</strong>s pelos espíritos religiosos de tempos imme-<br />

moriaes e que resistiram á acção dos séculos, não podiam<br />

deixar de ser ver<strong>da</strong>deiras.<br />

Entretanto, quando a prova em contrario tornou-se<br />

irrecusável, elle começou de admiiiir que as maravilhas<br />

referi<strong>da</strong>s eram allegorias, debaixo <strong>da</strong>s quaes a sabedoria<br />

dos antigos tinha occultado ver<strong>da</strong>des indisputáveis.<br />

Tentou-se então reconciliar os dogmas, que actual-<br />

mente, com o progresso inteilectual, outra coisa não são<br />

mais do que mythos.<br />

Todos os esforços foram vãos; por que ha phases<br />

necessárias pelas quaes a opinião publica deve fatalmente<br />

passar como na hypothese.<br />

A duvi<strong>da</strong> succedeo a veneração; appareceram as<br />

novas interpretações; estas geraram a dissidência de opi-<br />

niões; mas afinal o conjuncto <strong>da</strong>s velhas crenças foi re-<br />

jeitado como pura fabula.<br />

A critica phiiosophica—deixando de lado o concurso<br />

efficaz dos poetas Euripides e Eschylo que foi decisivo<br />

para o resultado— a critica phiiosophica, diremos, incor-<br />

porou-se á critica scientifica para derrubar a religião na-<br />

cional. Com seos argumentos profundos, assegurou o<br />

exilo <strong>da</strong> increduli<strong>da</strong>de que dominava os espíritos.<br />

Comparou as doutrinas <strong>da</strong>s diversas escolas e fez<br />

ver por suas contradicções que o homem não possue um<br />

criterium <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de; que desde que suas noções sobre<br />

o bem e o mal variam com os tempos e logares, é por<br />

que não se fun<strong>da</strong>m na natureza <strong>da</strong>s coisaç, mas são for-<br />

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