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Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

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448<br />

''á'"'<br />

No momento em que a ia morder, a macaca saltava para cima<br />

delle, para lhe agarrar outra vez na cau<strong>da</strong>.<br />

O espirito facecioso dos macacos fora já observado por Darwin.<br />

«Ha alguns annos, escreveo elle, tinha por costume observar a<br />

fêmea orango-tango do Jardim Zoológico e tenho a convicção de<br />

haver reconhecido nella o sentimento do cómico.<br />

Entre outras provas em favor desta asserção, via-a em diversas<br />

vezes enfiar a cabeça na sua gamella que, assim colloca<strong>da</strong>, apresen-<br />

tava a apparencia de um chapeo: e como ao mesmo tempo favore-<br />

cia geralmente os espectadores com uma careta hilare, não deixava<br />

de despertar nelles uma explosão de riso, que lisonjeava evidentemente<br />

o seo orgulho.»<br />

Outro naturalista, Sm Andocer Smith, vio, no Cabo <strong>da</strong> Bôa<br />

Esperança, um macaco vingar-se de um official que se dirigia para<br />

a para<strong>da</strong>, com o seo bello uniforme de gala. ^ .<br />

O macaco tinha aggravos particulares desse official e, assim<br />

que o vio, deitou agua num buraco, e com a lama espessa que<br />

obteve, por esse meio, metralhou a sua victima, com grande gáudio<br />

dos espectadores.<br />

Outro macaco, que estava atado a uma haste de bambu, ao<br />

longo <strong>da</strong> qual podia subir e descer com to<strong>da</strong> a facili<strong>da</strong>de, via com<br />

um encanzinamento fácil de comprehender, a sua ração devora<strong>da</strong><br />

pelos corvos <strong>da</strong>s immediações.<br />

Um dia deixou-se escorregar do seo mastro, fingio-se morto e<br />

conseguio deitar a mão a um dos seos vorazes larápios.<br />

Uma vez que o teve bem seguro, pôz-se a depennal-o vivo.<br />

Quando já não restavam ao infeliz senão as pennas <strong>da</strong>s azas e <strong>da</strong><br />

cau<strong>da</strong>, atirou-o ao ar.<br />

Os outros corvos vieram matar o companheiro a bica<strong>da</strong>s e não<br />

voltaram mais.<br />

O cão é também grande amigo de brincadeiras e simulador<br />

perfeito. Refere o naturalista W. Goos, a esse respeito o seguinte<br />

caso muito divertido.<br />

Possuia elle um Terrier, que gostava muito de apanhar mos-<br />

cas nas vidraças <strong>da</strong>s janellas, mas que <strong>da</strong>va serio cavaco si se fazia<br />

troça delle quando ellas lhe escapavam.<br />

«Certa occasião, para ver o que elle fazia, puz-me de propó-<br />

sito a rir de um modo exaggerado, a ca<strong>da</strong> tentativa mallogra<strong>da</strong>, e a<br />

minha hilari<strong>da</strong>de fez com que elle se mostrasse particularmente de-<br />

sastrado. .<br />

OÍJ. .<br />

Por fim, a sua contrarie<strong>da</strong>de chegou ao ponto de se resolver a<br />

simular uma captura por meio de movimentos apropriados <strong>da</strong> lin-

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