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Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

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59<br />

CANTO VI<br />

Adeus Victoria! digo então commigo,<br />

Sultana que sobr'o mar o cóIlo inclina<br />

Parto saudoso e ahi fica comtigo,<br />

Minh'alma no peito de Francina ! (i)<br />

Sabes bem que o céo maior castigo<br />

Nem tormento maior, magua mais fína,<br />

Podia-me causar sinão privando<br />

De por pouco sentir teo gesto brando.<br />

CANTO VII<br />

E quantas vezes, oh! quando não a via,<br />

Onde alegre me faz meiga assistência,<br />

Presto a buscal-a, célere sahia.<br />

Não podendo soffrer tão dura ausência í<br />

Disfarçado, os passos dirigia<br />

P'ra onde a flor exhala rara essência,<br />

Recolhendo-me emfim, em vão sorrindo,<br />

Si chegava a rever seo porte lindo.<br />

CANTO VIII<br />

E como poderei por quatro mezes {•}<br />

(Tanto devo existir em terra alheia)<br />

Da sau<strong>da</strong>de soífrer duros revezes,<br />

Sem Francina avistar que assim m'enleia ?<br />

Pois não bastava já por duas vezes.<br />

Ter deixado sentido a minh'aldeia.<br />

Para agora querer a cruel<strong>da</strong>de,<br />

Impôr-me a puncção de atroz sau<strong>da</strong>de?<br />

m.-v '^^:<br />

(1) Uma <strong>da</strong>s moças mais honestas, a quem por sympathia amei, sem d'ella me.<br />

recer o menor &vor, e que foi aleivosamente infama<strong>da</strong> por iingoas peçonhentas.<br />

(*) Não me demoraria mais de quatro mezes no Rio; imprevistos motivos obri-<br />

garam-me a demorar vinte e oito.

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