Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

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É essfl a falha que aççusa o parnasismo, quando
t^nta descrever a vida humana pintando-a convencional-
mente e dando por preenchido o ideal na arte, com a
objectividade da inspiração; o s/mbolismo, com a suspi-
rada re ali sacão da belle^^a pelo sonho e pelos mysterios; o
sçientfficismo, com a dosagem em partes eguaes de uma
sctencia que se poetisa e de uma at^íe que se scientifica
o naturalismo^ com as suas visões estrabicas e finalmente
o satanismo^ com os seos esconjuros, ódios e impreca-
ções.
De que espécie é o satanismo de C. Barroso ?
Elle próprio nol-o diz, assim:
« Para o que for um producto de raffinamento de
nervos, a apuar o cérebro, a fazel-o vibrar na sua gamma
de sensações fortes, até á duvida e ao desespero, não
faltarão críticos mellifluos, assucarados, que o mandem
curar da sua loucura, a cáusticos na nuca, num manico-
iBIJo qualquer «.
E ainda: «Sou accorde em que o escriptor terá con-
seguido o seo ideal, quando, por am prisma seguro, tiver
visto o mundo externo em toda a sua naturalidade ou
descer á analyse profunda do sço intimo.
Balzac, Zola e Flauberi, são os rios manentes desta
caudal.
Eça de Queiroz é na litteratura portugueza um veio
crystallino.
O u^aíuralismo é o terminus de uma litteratura.
CpíDEio diz O' auctor das Cartas de Fradique Mendes
— a verdadeira arte é um resumo da Natureza feito pela
imaginação» V {Anaíkemas, 71-74).
CpmpFehendo a maneira do satanismo como o interpjçeta
o auctpF e cpntçordo que o. systema possa ter o mé-
rito que lhe confere, isto é, fazer o cérebro vibrar sejasa-
çÕes dd 4vfcyi4£t e de desespero; ma^ dahi para fazer
dessas duas notas as cordas uniças de vibratção,. na sen-