16.04.2013 Views

Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

62<br />

CANTO XV<br />

A canoa que até então corria,<br />

Com imperceptível movimento,<br />

No montanhoso mar que ora se abria.<br />

Desce á terra, ora sobe ao firmamento;<br />

Por entre as grutas vãs roncar se ouvia<br />

O mar que assas impelle amphibio vento. (*)<br />

Alta vaga d'ali eis se me antolha,<br />

Rola, bate d'aqui, me açoita e molha.<br />

CANTO XVI<br />

Gelado o sangue, o pallido semblante,<br />

Inculca susto que suffóca o pejo;<br />

Percebe o meo terror vivo estu<strong>da</strong>nte<br />

E grita: — oh! lá do Caranguejo! (2)<br />

Levanto os frouxos olhos, não distante,<br />

Pernambucana quilha em frente vejo.<br />

Me saú<strong>da</strong> de lá piloto activo<br />

Correspondo ao cumprimento e sei que vivo!<br />

CANTO XVII<br />

Contra o irado mar seguro abrigo,<br />

Implora sem cessar Vieira experto; (')<br />

Salta á lancha então prestante amigo<br />

O bom piloto e quando estava perto, ("*)<br />

De salvar-nos ao hórrido perigo<br />

Que consternados já contámos certo.<br />

Eis me apparece ao sul e se emparelha<br />

A triste habitação que é Villa-Velha.<br />

O Costumavam os marujos designar a viração por vento amphibio.<br />

(-) Barco de Pernambuco ancorado no canal <strong>da</strong> barra.<br />

(^) Era o estu<strong>da</strong>nte António José Vieira, <strong>da</strong> Victoria, o descobridor <strong>da</strong> se<strong>da</strong><br />

indigena em 1810, na então Capitania.<br />

{*) O piloto do navio pernambucano.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!