16.04.2013 Views

Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ai-<br />

mL<br />

mir ás suas pesquizas o interesse que desperta o debate<br />

encetado por uma penna adextra<strong>da</strong> e, si em ver<strong>da</strong>de tinha<br />

todos esses predicados, certo que os exgottou nas<br />

duas producções que, com pezar confesso ain<strong>da</strong> uma vez,<br />

não me foi possível obter. -« ^ ^ - - ^.,^fcvr»v.: ..r><br />

. tr Segundo B. Díemon, (Hist. cit.^ 437) tde uma me-<br />

moria invejável, Miguel Pessoa tinha a facul<strong>da</strong>de excessi-<br />

va de guar<strong>da</strong>r em memoria tudo aquillo que lia e estu-<br />

<strong>da</strong>va, inclusive <strong>da</strong>tas, artigos, paragraphos e números de<br />

paginas de obras sobre qualquer matéria. (^) scsi ^í<br />

Moço ain<strong>da</strong>, Miguel Pessoa promettia um futuro es-<br />

criptor de nomea<strong>da</strong> e já o era em suas publicações de<br />

artigos políticos e históricos no jornal — O <strong>Espirito</strong>-Satitense—<br />

e nas obras que deixara.»<br />

Não obstante o que ahi fica transcripto, creio bem<br />

que o Df. Miguel Pessoa, foi apenas um estudioso, pa-<br />

ciente e perseverante, que não deo mostras de largo des-<br />

(1)<br />

Quero suppôr que os factos a que allude o historiographo,<br />

aliás com o louvável intuito de recomtnen<strong>da</strong>r os dotes do mallo-<br />

grado escriptor, provam que elle não os possuía em gráo tão subido.<br />

Decorar <strong>da</strong>tas, artigos e paragraphos de leis, é uma operação<br />

<strong>da</strong> memoria inconsciente, no dizer de Haeckel.<br />

Este sábio philosopho adeanta<br />

«Entre o homem como entre os animaes superiores, aos quaes<br />

somos obrigados a attribuir consciência, as funcções quotidianas <strong>da</strong><br />

memoria inconsciente são incomparavelmente mais numerosas e va-<br />

ria<strong>da</strong>s que as <strong>da</strong> memoria consciente e para convencermo-nos disso,<br />

bastará que examinemos imparcialmente mil acções inconscientes<br />

que praticamos quotidianamente quando caminhamos, escrevenaos,<br />

comemos» etc. ; Enygm. de l'Univ., 140.<br />

Ora, pois, si a apprehensão do alimento com o garfo ou <strong>da</strong><br />

tinta com a penna, é um phenomeno <strong>da</strong> vontade inconsciente de<br />

quem come ou escreve, como não sel-o-á o <strong>da</strong> apprehensão de <strong>da</strong>-<br />

tas, numero de paginas, etc, por parte de quem lê e se deixa absor-<br />

ver pela leitura ?<br />

i-í3 v^<br />

16

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!