16.04.2013 Views

Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

73<br />

CANTO XLVII<br />

Nessa carreira vence áquella noite,<br />

Quanto um barco vencer pôde á bolina<br />

De bombordo soíFrendo o férò açoite,<br />

Do mar que ora se abaixa ora s'empina.<br />

Insta Ferreira então que a mais se afoite,<br />

A d'alva, estrella algente, matutina,<br />

Doira o baço horisonte; alegre pinta<br />

A formosa manhã de feira-quinta.<br />

CANTO XLVIII<br />

Cresce o dia, e o leste impetuoso,<br />

Não decresce o furor qu'impelle a nave;<br />

Sobe collinas mil do pego undoso.<br />

Desce outras mil mansa e suave.<br />

Não podem glauco mar, vento enganoso,<br />

Ao Ferreira illudir; de gesto grave.<br />

Mas previdente, calmo e mais seguro.<br />

Qual Achates não foi, nem Palinuro.<br />

CANTO XLIX<br />

A's horas em que o sói buscava enfermo<br />

No eólio descansar <strong>da</strong> bella Thetis,<br />

Qual monge que fugindo vem do ermo<br />

Ou escapa ao furor do trêdo Lethes<br />

Sobe hirsuto José do mastro ao termo: (})<br />

—Vê, lhe digo: oh! José! si me prometies.<br />

Ver o Pico amanhã, Paço ou Gamboa- .<br />

E dito, Terra! elle gritou, Terra na proa!<br />

(') Era um marinheiro que trazia a barba cresci<strong>da</strong>.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!