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Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

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81<br />

Não éf de certo, tão penoso,<br />

Da morte o golp'incleniente<br />

Eu vivo tão tristemente<br />

Preado pela sau<strong>da</strong>de,<br />

Qual tu não sofFres metade<br />

De Marcino estando ausente.<br />

Mas ah ! gostosas idéas<br />

Concebo, oh ! céos ! quando leio,<br />

Teo verso puro e tão cheio,<br />

— Ninho feito entr'orchidéas<br />

Si meiga me lisonjêas,<br />

Com tão gracioso motte.<br />

Sentindo eu anciã mais forte.<br />

Com mór razão deveria<br />

Dizer-te: — feliz seria,<br />

Ai l si Deos me desse a morte l<br />

Mas, não, Marilia, vivamos.<br />

Nos laços dessa afTeição;<br />

Seja meo teo coração.<br />

Ame o céo, qual nós amamos<br />

Egual affecto tenhamos,<br />

Qual Hero — pomba innocente;<br />

E quando o fado persistente<br />

Nos desse a mesma ventura.<br />

Tendo de amor sepultura,<br />

Eu morreria contente.»<br />

Como se está a ver, ha no rhythmo destes versos<br />

alguma coisa que reproduz as vozes d'alma dolente, a<br />

gottejar bagos de uma ternura infin<strong>da</strong>, alguma coisa que<br />

lembra o deslisar suave do regato pelas arestas dos sei-<br />

xos que recortam as limpi<strong>da</strong>s aguas, imprimindo-lhes<br />

graciosas curvas ou finalmente o arcmia penetrante <strong>da</strong><br />

flor, que á força de se o aspirar, acaba-se pela destrui»<br />

ção <strong>da</strong> mesma flor!

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