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Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

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384<br />

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meiro d'este Iítto e que agora repito: o primeiro poema<br />

sacro que iniciou historicamente a vossa vi<strong>da</strong> Htterâría,<br />

foi connposto em 1770 e divulgado pela imprensa somente<br />

em 1854; o primeiro poema lyrico profano, feito em 1817,<br />

só em i856 vio a luz <strong>da</strong> publici<strong>da</strong>de!<br />

A clareza deslumbra e tanto basta para não' insistir<br />

na demonstração <strong>da</strong> these.<br />

Comprehendo agora quanta razão tinha o egrégio<br />

auctor do livro Eiements of Social Science^ quarrck)- as-<br />

severou com a sabedoria de sua experiência:<br />

«A pobreza é o mais terrível de todos os males que affligem<br />

a humani<strong>da</strong>de.<br />

Comparados com este flagello, os outros grandes males, taes<br />

como a peste e a guerra, são relativamente de pouca importância-<br />

Estes últimos passam e só apparecem a largos intervallos; sSo<br />

como as poucas gottas que de vez em quando fazem transbor<strong>da</strong>r a<br />

fun<strong>da</strong> taça dâs misérias humanas.<br />

Demais, não são em geral senão os eíTeitos <strong>da</strong> pobreza em que,<br />

com a sua inseparável miséria social, com o descontentamento e<br />

com as paixões irrita<strong>da</strong>s, está engolpha<strong>da</strong> a maioria do género humano,<br />

e que é a raiz principal dos mais <strong>da</strong>mnosos males a que estamos<br />

sujeitos presentemente.<br />

E to<strong>da</strong>via a humani<strong>da</strong>de não tem ain<strong>da</strong> bastante consciência<br />

<strong>da</strong> grandeza enorme e incomparável dos males <strong>da</strong> pobreza^<br />

Si nos ameaça uma guerra ou uma peste, a perspectiva dos<br />

soffrimentos que <strong>da</strong>hi podem resultar, abala ca<strong>da</strong> um de nós; fazem-se<br />

preces e despertam-se todos os sentimentos graves e tristes;<br />

mas estes males, em comparação <strong>da</strong>s misérias originarias <strong>da</strong>quella<br />

fonte, não são mais do que um grão de areia no deserto: — são<br />

como pequenas on<strong>da</strong>s que levemente encrespam a superfície dum<br />

tenebroso mar de desespero.<br />

As guerras vêm e passam ; as pestes duram determinado tempo<br />

e depois deixam-nos; mas a pobreza, o tyranno feroz <strong>da</strong> nossa raça,<br />

permanece no meio de nós atravez dos séculos e etn to<strong>da</strong>s as cir-<br />

cumstaneias. •<br />

Como quer que seja, parecc-me que é de justiça

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