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Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

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336<br />

JESUS DE NAZARETH<br />

natalício<br />

«Vão-se cumprir, emfim, as grandes prophecias.<br />

A Estrella de Jacob, a Estrella do Messias,<br />

Em Bethlem de Judá brilhante despontou<br />

No firmamento azul. Pelo espaço soou<br />

Uma voz que espancando o silencio <strong>da</strong> noite,<br />

Fez-se ouvir claramente ao farfalhar do açoite<br />

Da brisa — e que echoou nos valles e na serra:<br />

Gloria a Deos lá no céo ! Paz aos homens na Terra!<br />

De Jano se fechou do templo a brônzea porta<br />

Enferrujou-se a lança, a espa<strong>da</strong> já não corta.<br />

Desde os confins do mar ao fim <strong>da</strong> Mauritânia<br />

Desde a margem do Euphrates, á bella Lusitânia,<br />

Triumphantemente, em paz, tremulam pavilhões<br />

Com a insignia de Roma — rainha <strong>da</strong>s Nações.<br />

E como a verde palma, após a tempestade<br />

Molha<strong>da</strong> se levanta e bebe a clari<strong>da</strong>de<br />

Do SÓI, que pelo azul olympico apparece<br />

E gloriosamente, illuminando aquece<br />

Assim se levantou depois <strong>da</strong> guerra, exangue.<br />

Um povo que tombou com as mãos tintas de sangue.<br />

Quem fora noutro tempo o sol<strong>da</strong>do homici<strong>da</strong>.<br />

Agora acha na lavra o bálsamo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />

Bellicósos corséis as charruas puxando,<br />

Fazem o trigo florir— e a Pátria prosperando<br />

Em riquezas, deslumbra. E tanto e tanto o ouro.<br />

Que mal podem contel-o as arcas do Thesouro.<br />

Não se fala em traição, não se fala em punhal,<br />

E um Romano qualquer dispõe de um lyrial.<br />

O Cezar não mantendo intrigas no seo sólio,<br />

A Musa foi pairar, emfim, no Capitólio.<br />

Ovidio fez soar a sonorosa lyra;<br />

Cornelio uma epopéa ao lado seo desfira,<br />

I<br />

' '"'í?'*;.

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