Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

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necidas pela educação; qué o bom e o máo são duas
íicçÕes, que a sociedade applica a seo modo.
Em Âthenas, as classes esclarecidas chegaram não
somente a negar o sobrenatural e tudo o que não cáe
sob os sentidos, mas a pensar também que o mundo po-
deria bem ser um sonho, um phantasma e a duvidar da
realidade de todas as coisas.
N'esse progredir das idéas, a tradição, a revelação,
o testemunho dos séculos, tudo emíim, havia perdido o
poder. As recordações mythologicas da Europa, as en-
carnações da Azia, os dogmas seculares do Egypto, des-
appareceram, por que são sempre ephemeras as formas
da fé.» (*)
Ahi está qual seria a posição de Gomes Neto na
quadra actual.
Seo ultimo surto, foi procurar atrelar a philosophia
e a moral á religião, tentativa de todo em todo inútil,
porque são creações radical e fundamentalmente diffe-
rentes em seos fins e independentes umas das outras.
São de um philosopho pátrio estes conceitos provei-
tosos ao debate: «Aquelles aspectos capitães (as cinco
creações—philosophia como synthese da sciencia, reli-
gião, arte, politica e industria) dos factos, dando origem
ou estimulo ás tendências da alma humana, são a
fonte de todo o progresso ; porém, histórica e psychologi-
camente são independentes^ queremos dizer, não se pôde
trocar ou substituir uma qualquer delias por outra.
São irreductiveis e são-no porque partem de base
espiritual diversa, dirigem-se a alvos differentes, pro-
curando realisar escopos distinctos e por caminhos também
separados. A falsa comprehensão dessa caracteris-
(1) Draper, Confl. de la science et de la religion, i-iS.
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