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Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

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365<br />

E Sylvio, a propósito, adverte:<br />

«Tenho Ímpetos de corrigir a formula e dizer: o a<br />

arte é um canto <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de visto atravez de um tempe-<br />

ramento.<br />

A theoria de Zola fere o principio fun<strong>da</strong>mental de<br />

ser a evolução, o desenvolvimento, o fieri perpetuo <strong>da</strong><br />

humani<strong>da</strong>de, o resultado justamente de uma lucta contra<br />

a estreiteza, contra a esterili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> natureza; desco-<br />

nhece o combate <strong>da</strong> cultura contra a natura.<br />

Tudo quanto de elevado e grandioso tem a humani<strong>da</strong>de<br />

produzido, é um resultado dessa lucta, desse com-<br />

bate diuturno. A civilisação é o coefficienie desse esforço.<br />

O homem natural é o homem <strong>da</strong>s cavernas, o coevo<br />

do megatherio e do mammuth.<br />

O homem pôde ser definido o animal que faz esta-<br />

tuas, musicas, edifícios e poemas. E o animal que faz li-<br />

vros.<br />

A natureza não tem a menor idéa dessas coisas;<br />

uma arte natural implica contradicção; arte e natureza<br />

são dois conceitos que se repellem.<br />

A definição, pois, está erra<strong>da</strong>. A nature^^a não tem<br />

arte; a arte é um producto <strong>da</strong> cultura humana.» (^).<br />

Si, portanto, a natureza não tem arte, como poderá<br />

a imaginação humana resumil-a?<br />

Preciso é, porem, retomar a questão <strong>da</strong>s escolas lit-<br />

terarias nos termos em que a enunciei, fechado o inci-<br />

dente <strong>da</strong> comprehensão <strong>da</strong> Arte.<br />

O satanismo incorre na mesma censura; reconhece<br />

(1) Novos Estudos de Litterat. Contemp., 120.

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