16.04.2013 Views

Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

254<br />

ou conserva a feição universalista que lhe é peculiar, ou<br />

perde a significação do seo conteúdo como phenomeno<br />

espiritual.<br />

Tanto assim é, que, si dizemos a sabedoria de um<br />

homem, quando queremos significar a complexi<strong>da</strong>de e a<br />

amplitude dessa virtude, não dizemos: — a civilisação de<br />

um homem, mas de um povo, de uma nação.<br />

Ora, que significação devem ter as expressões: arte<br />

nacional, applica<strong>da</strong>s ao theatro?<br />

Certo que a de uma creação^ de uma nacionali<strong>da</strong>de<br />

ou povo, distincta <strong>da</strong> de qualquer outro ou outra, no de-<br />

partamento artístico.<br />

Em tal accepção, tivemos algum dia ou temos pre-<br />

sentemente, o supposto nacionalismo artístico theatral?<br />

Supponho que nunca o tivemos nem teremos e como<br />

em outro escripto já expuz as minhas idéas sobre esse<br />

ponto, abro-lhes aqui espaço para a reproducção:<br />

«Porque não teve êxito o theatro nacional, quando a<br />

<strong>litteratura</strong> dramática contou representantes do valor de<br />

Martins Penna, Gonçalves de Magalhães, José de Alen-<br />

car, Manoel de Macedo, Agrário de Menezes, França Jú-<br />

nior, do mesmo modo que não o logrou com Arlhur Aze-<br />

vedo, Coelho Netto, Goulart de Andrade e vinte outros?<br />

Simplesmente por que todo o producto artistico para<br />

ser duradoiro, para poder entrar no conceito de obra<br />

d'arte, precisa também ser um resultado <strong>da</strong> cultura cara-<br />

cterística de <strong>da</strong>do tempo.<br />

Foi assim na Grécia com Eschylo^ Sophocles e Aris-<br />

tophanes^ no século de Péricles; na Inglaterra com Shakespeare;<br />

na Allemanha com Goethe; na França com<br />

Molière; na Itália com Ariosto e na Hespanha cora Cer-<br />

vantes e Lope de Vega.<br />

Ora, nós, os brasileiros, ain<strong>da</strong> não alcançámos a cul-<br />

tura intensa dos supramencionados paizes ou <strong>da</strong>s respe-<br />

ctivas civilisações, na época do maior florescimento de

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!