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Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

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á experiência, na<strong>da</strong> fazem de aproveitável; é sempre uma poesia de<br />

arriève-pensée premedita<strong>da</strong>, vesti<strong>da</strong> em umas, japonas doutrinarias,<br />

sem espontanei<strong>da</strong>de, sem limpidez, sem eífúsão, sem graça, uma<br />

coisa terrível em summa.» (i)<br />

Nas Torturas do Ideal não descubro « accentuado o<br />

lado philosophico» do auctor; descubro apenas uma mais<br />

larga comprehensao artística <strong>da</strong>s coisas.<br />

Os problemas do universo, <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> animal sujeita ao<br />

inconsciente dos três momentos biológicos do appareci-<br />

mento, crescimento e extincção, tem seos corresponden-<br />

tes no mundo e na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> poesia.<br />

Na vi<strong>da</strong> os contrastes, a alegria, a dor, o estuar de<br />

paixões contradictorias, to<strong>da</strong>s as infinitas emoções <strong>da</strong><br />

alma e do coração, podem ser fontes de inspiração á<br />

poesia, como os phenomenos <strong>da</strong> natureza, a successão <strong>da</strong><br />

noite ao dia, os crepúsculos, as catastrophes, emfim, to-<br />

dos os successos de que o homem, ora é espectador ora<br />

é actor, no tempo e no espaço.<br />

O genial auctor dos Ensaios e Estudos de Philosophia<br />

e Critica, escreveo sobre o problema estes bellos asser-<br />

tos:<br />

«Não existe realmente analogia alguma entre os factos <strong>da</strong> percepção<br />

interna e os que dizem respeito ao corpo, observados pelos<br />

sentidos. Mas isto na<strong>da</strong> infirma nem confirma. A questão fica em pé.<br />

O ser que pensa, e tem consciência, é um todo orgânico, onde<br />

se exercem innumeras funcçÓes. O pensamento é uma delias : a mais<br />

nobre, a mais sublime, por certo.<br />

Não acho razão de maior pasmo em julgar a matéria organisa<strong>da</strong>,<br />

de modo a produzir os phenomenos intellectuaes, do que em<br />

vel-a dtíta<strong>da</strong> de outras capaci<strong>da</strong>des.<br />

(1) SrLvio RoMÉRO, Hist. <strong>da</strong> Litt., n, 147-148.

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