Historia da litteratura Espirito-Santense [microform]

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arremettido reciprocamente com pequenos dardos de pedra, (como
nos tempos prehisloricos) passaram a trocar caricias e abraços com
tanta graça e voluptuosidade, que fariam inveja ao epicurista mais
decidido» (1).
Teve razão o illustre sábio; é estudando o mundo
animal que poderemos estabelecer as relações de affinidade
que guardam os seres de cada espécie e conhecer
as manifestações isoladas ou coUectivas de sua sensibili-
dade.
disse:
Mais lógico pareceo-me^ Tobias Barretto quando
«A evolução emocional e mental da humanidade forma uma
immensa cadeui, cujo primeiro élo. . . quem poderá definir? Gonje-
ctural-o apenas.
No principio era a fome e o amor. Estes dois aguilhões da fe-
rocidade animal, que Schiller disse, bem que com algum exaggero,
ainda hoje serem os únicos sustentáculos do edifício do mundo, é
de crer que fossem realmente as forças originarias da cultura, de
toda cultura humana.
Nem se concebe que outras molas pudessem mover o homem
primitivo, alem desses dois Ímpetos psychicos, reductiveis ás duas
capitães funcçóes orgânicas da nutrição e da propagação.
EUes formam, por assim dizer, as raizes da arvore genealógica
da vida sensível e íntellectual» (J).
O que se acaba de ver com relação ao amor, procede
a respeito dos demais sentimentos e ainda em par-
ticular, quanto á concepção poética que o homem primi-
tivo manifestou logo que pôde exprimir pelos mythos a
personificação das coisas, porquanto, no dizer de Max
(>) P. Mantegazza, La Physion. et les Sent., loO-i 19 ; sendo de notar que factos
idênticos narram abundando nas mesmas idéas, Agassiz, De l'Esp. et la Class. e
Darwin, Descend. citada, 293.
(')
Queísóes Vigentes, 16.