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Pedagogia dos monstros - Apresentação

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pragmática. O que poderia aprender <strong>dos</strong> aspectos<br />

transgressivos e criativos da cultura popular? Uma lição,<br />

certamente, seria a impossibilidade do fechamento<br />

político e os perigos — assim como a força mobilizadora<br />

— das identidades e das utopias. Uma outra lição<br />

seria, pois, a necessidade de levar em conta os<br />

me<strong>dos</strong> e as ansiedades populares, mas sem explorá-las<br />

ou alcovitá-las. Essa política estaria consciente das possibilidades<br />

implícitas na manipulação e na fruição críticas<br />

das formas simbólicas, nos prazeres da confusão<br />

de fronteiras e, assim, também sensível à necessidade<br />

de responsabilidade na aspiração à comunidade que<br />

é, sempre, necessário trazer à vida. 9 Talvez pegando<br />

uma deixa das lições aprendidas por Wittgenstein em<br />

suas tardes no cinema, esta poderia ser uma linha de<br />

pensamento aberta por uma forma popular desprezada<br />

e tola como o filme de vampiro.<br />

NOTAS<br />

1 Veja NASH, 1976; BORDWELL, 1981, p. 168.<br />

2 Aqui e nos próximos parágrafos, baseio-me bastante em<br />

CROWTHER, 1989.<br />

3 Sobre a novela gótica, veja PRAZ, 1970; sobre sua relação<br />

com os filmes de horror, veja PIRIE, 1973, e PRAWER,<br />

1980. Sobre WALPOLE, veja MORRIS, 1985, p. 311.<br />

4 Sobre FOUCAULT, veja LASH, 1985, p. 4, 8.<br />

5 Sobre o modernismo e o kitsch, veja RAJCHMAN, 1985,<br />

p. 17-8.<br />

6 Minha análise do sublime de Lyotard é tomada de empréstimo<br />

de CROWTHER, 1989; MORRIS, 1984/5; e<br />

CARROL, 1984.<br />

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