25.04.2013 Views

Pedagogia dos monstros - Apresentação

Pedagogia dos monstros - Apresentação

Pedagogia dos monstros - Apresentação

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

20<br />

<strong>monstros</strong> para chamar a atenção para o caráter problemático<br />

da natureza da subjetividade pressuposta<br />

na teoria pedagógica — sobretudo na teoria<br />

pedagógica crítica. A “pedagogia <strong>dos</strong> <strong>monstros</strong>” não<br />

desenvolve uma pedagogia dirigida à formação de<br />

<strong>monstros</strong> nem uma pedagogia que utilize os <strong>monstros</strong><br />

com fins formativos. A “pedagogia <strong>dos</strong> <strong>monstros</strong>” recorre<br />

aos <strong>monstros</strong> para mostrar que o processo de<br />

formação da subjetividade é muito mais complicado<br />

do que nos fazem crer os pressupostos sobre o “sujeito”<br />

que constituem o núcleo das teorias pedagógicas<br />

— críticas ou não.<br />

Tendo como eixo esses três capítulos de Donald,<br />

o presente livro completa-se com uma resenha de Ian<br />

Hunter sobre o livro original de Donald, Sentimental<br />

education. Por explicitar, mas também por questionar<br />

em alguns pontos os argumentos de Donald, ela nos<br />

ajuda a compreender melhor as complicações da questão<br />

da subjetividade em educação. Além disso, o livro<br />

inclui também um capítulo sobre “teoria <strong>dos</strong> <strong>monstros</strong>”,<br />

escrito por Jeffrey Jerome Cohen, extraído do<br />

livro por ele organizado, Monster theory: reading culture.<br />

Embora não discuta nenhuma questão propriamente<br />

educacional, ele desenvolve insights que<br />

reforçam o argumento implícito de Donald, de que,<br />

parodiando Lévi-Strauss, os <strong>monstros</strong> são bons para<br />

pensar. Tal como os ciborgues, eles mostram, como<br />

diz Girard, citado no ensaio de Cohen, que a nossa<br />

ansiedade não é causada pela diferença, mas pela falta<br />

de diferença: entre nós (mas quem somos nós?) e eles<br />

— os <strong>monstros</strong>, as máquinas e os ciborgues.O livro<br />

fecha com um ensaio do escritor português José Gil,<br />

extraído de seu livro Monstros (Lisboa: Quetzal, 1994).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!