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Pedagogia dos monstros - Apresentação

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162<br />

ampliar uma esfera pública radicalmente democrática”<br />

(p. 171). E ele fornece a seguinte citação de Homi<br />

Bhabha como exemplo:<br />

O povo é o “objeto” histórico de uma pedagogia<br />

nacionalista, dando ao discurso uma autoridade que<br />

está baseada na origem ou no evento histórico prédado<br />

ou pré-constituído; o povo é também o “sujeito”<br />

de um processo de significação que deve apagar<br />

qualquer presença prévia ou originária da nação-povo<br />

para demonstrar o prodigioso e vívido princípio do<br />

povo como um processo contínuo pelo qual a vida<br />

nacional é redimida e significada como um processo<br />

repetitivo e reprodutivo (p. 15).<br />

Sugeri que esta luta entre uma pedagogia onipotente<br />

e um subjetividade evasiva é um embate entre<br />

dois fantasmas. Em primeiro lugar, vimos que as capacidades<br />

humanas são demasiadamente positivas e<br />

demasiadamente variadas para ficarem presas a uma<br />

forma subjetiva geral — aqui o “processo de significação”<br />

— que possa ser colonizada pelo governo ou<br />

evitar a colonização através de uma finta que permita<br />

uma fuga para o inconsciente. Em segundo lugar, argumentou-se<br />

que o governo não é a expressão uniforme<br />

ou onipotente de uma vontade política soberana,<br />

mas um amálgama de vários instrumentos e objetivos<br />

políticos e intelectuais, incapazes ou de expressar ou<br />

de reprimir o “povo”. As finalidades heterogêneas do<br />

governo arrebatam da política de oposição tanto uma<br />

forma geral de poder que possa ser resistida quanto<br />

qualquer razão geral para a resistência. De forma similar,<br />

as formas dispersas e não-subjetivas pelas quais<br />

a agência humana é criada e exercida negam à teoria

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