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Culturas Contemporâneas, Imaginário e Educação ... - Rima Editora

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104 <strong>Culturas</strong> <strong>Contemporâneas</strong>, <strong>Imaginário</strong> e <strong>Educação</strong>: Reflexões e Relatos de Pesquisa<br />

Assim sendo, importava encontrar ou formular um processo de diagnóstico<br />

que fizesse sentido àqueles que vivem o cotidiano escolar. Com esse intuito, através<br />

de levantamento sistemático, foi identificado e adotado pela Ação Educativa o método<br />

de autoavaliação utilizado nos projetos do CPCD (Centro Popular de Cultura<br />

e Desenvolvimento), uma organização não-governamental criada em 1984 em<br />

Belo Horizonte pelo “educador, antropólogo e folclorista” Sebastião Rocha, “(...)<br />

para atuar nas áreas de <strong>Educação</strong> Popular e Desenvolvimento Comunitário, tendo a<br />

Cultura como matéria-prima e instrumento de trabalho, pedagógico e institucional”<br />

(Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, 2010, grifo na fonte).<br />

Segundo Vera Ribeiro, Vanda Ribeiro e Joana Gusmão (2005: 237-238):<br />

“Grande inspiração para a parte metodológica do projeto veio da organização<br />

mineira Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (s.d.). A instituição,<br />

em seu projeto Bornal de Jogos, utiliza indicadores qualitativos construídos<br />

coletivamente (assim como os critérios) para avaliação participativa das ações<br />

que promove. Na metodologia, coordenadores, educadores, crianças, adolescentes<br />

e pais se reúnem em roda, debatem e atribuem nota a um conjunto de<br />

12 indicadores, como transformação, eficiência, harmonia, alegria, beleza e<br />

apropriação, dentre outros. Esses indicadores são construídos, segundo sua<br />

relevância e significação, pelos participantes, que seguem seus próprios pontos<br />

de vista. Finalmente, são calculadas as médias das notas por indicador e<br />

segmento, assim como a média geral do projeto. Essa experiência demonstrou<br />

a eficácia e a fecundidade do método participativo, que é um dos princípios<br />

do nosso trabalho.”<br />

A partir da metodologia do CPCD, coube ao grupo a elaboração das questões<br />

que guiariam o processo de autoavaliação da escola. Com o intuito de simplificação<br />

e maior facilidade de compreensão e operacionalização do processo avaliativo,<br />

as “notas” e “médias” foram substituídas por “cores”, com o sentido análogo ao do<br />

semáforo, ou seja, “vermelho”, “amarelo” e “verde”. A redação final do instrumento,<br />

batizado de “Indicadores da Qualidade em <strong>Educação</strong> – Indique”, coube a Joana<br />

Buarque de Gusmão, na qualidade de assessora da Ação Educativa. Finalizado em<br />

2004, o material foi assumido e distribuído nacionalmente pelo MEC em 2006<br />

e adotado em diversos estados e municípios. Pelo fato de o roteiro de perguntas<br />

do Indique consistir em uma apresentação sintética e sistemática de critérios de<br />

qualidade oriundos de práticas e pesquisas dos mais diversos setores: acadêmico,<br />

governamental, das agências internacionais e da sociedade civil, sua utilização tem<br />

se dado tanto em processos de avaliação quanto de formação de gestores, e mesmo<br />

como subsídio à realização de novas pesquisas de campo.

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