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Culturas Contemporâneas, Imaginário e Educação ... - Rima Editora

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134 <strong>Culturas</strong> <strong>Contemporâneas</strong>, <strong>Imaginário</strong> e <strong>Educação</strong>: Reflexões e Relatos de Pesquisa<br />

bolos, que convergiram a uma sensibilidade dramática (Durand, 1997) 7 da roda<br />

de jongo, das palmas, da formação circular, do feminino e do masculino no centro<br />

do círculo, da criança, do jovem e do velho na escola, na roda, todos dançando<br />

e cantando juntos acompanhados pelos tambores, no ritmo do coração.<br />

Por meio da vivência corporal do jongo, fomos transformando sofrimento em<br />

alegria, utilizando-nos da prática simbólica conforme nos ensinou Dona Mazé,<br />

anciã da comunidade jongueira do Tamandaré que, nesse dia 17 de novembro de<br />

2004, deixou-nos “lá para as terras d´Aruanda”:<br />

“O jongo é um divertimento, o jongo é uma alegria, o jongo é uma oração<br />

que chama a atenção do povo. É pra tirá a dor que a gente traz por dentro da<br />

gente, a mágoa que a gente sente, que a gente sente muita mágoa, a gente<br />

fica muito burricido com o que acontece. Mas de você entrá na roda de<br />

jongo, se você puxá aqueles ponto sagrado, ninguém mais sente dor. Querem<br />

cantá, querem bate palma, querem mostrá o quê que é o jongo. O<br />

jongo é uma bença, o jongo é uma alegria para todos, eu quero que todos<br />

fique ciente que o jongo não e coisa ruim, o jongo é a alegria, é a paz, é a<br />

felicidade a todos. E a todos vocês um grande axé.”<br />

Maria José Martins de Oliveira, 75 anos, jongueira do Tamandaré<br />

Referências Bibliográficas<br />

ASANTE, Molefi Kete. Afrocentricidade: notas sobre uma posição disciplinar. In: NASCIMEN-<br />

TO, Elisa Larkin (Org.). Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo:<br />

Selo Negro, 2009. p. 93-110.<br />

BRASIL. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Diretrizes curriculares<br />

para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-<br />

Brasileira e Africana. Brasília: SEPPIR, 2004.<br />

DURAND, Gilbert. As estruturas antropológicas do imaginário. São Paulo: Martins Fontes,<br />

1997.<br />

FREIRE, Paulo. <strong>Educação</strong> como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.<br />

________. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.<br />

GOMES, Nilma Lino. <strong>Educação</strong> cidadã, etnia e raça: o trato pedagógico da diversidade. In:<br />

CAVALLEIRO, Eliane. (Org.) Racismo e anti-racismo na educação: repensando a nossa escola.<br />

São Paulo: Selo Negro, 2001.<br />

MACHADO, Ana Maria. Menina bonita do laço de fita. São Paulo: <strong>Editora</strong> Ática, 2004.<br />

ROCHA, Ruth. Bom dia, todas as cores. São Paulo: Quinteto Editorial, 1998.<br />

RODRIGUES, José Carlos. Antropologia e comunicação: princípios radicais. Rio de Janeiro:<br />

Espaço e Tempo, 1989.

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