15.05.2013 Views

Culturas Contemporâneas, Imaginário e Educação ... - Rima Editora

Culturas Contemporâneas, Imaginário e Educação ... - Rima Editora

Culturas Contemporâneas, Imaginário e Educação ... - Rima Editora

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

SUBJETIVIDADE E EDUCAÇÃO:<br />

UM NOVO OLHAR NA CULTURA PÓS-MODERNA<br />

Márcia R. M. Ferraz Arruda *<br />

Inserindo-nos nos estudos antropológicos do imaginário, busca-se, neste<br />

capítulo, mostrar a propriedade do conceito de cultura, elaborado por Edgar<br />

Morin (1984) e por Michel Maffesoli (1998) para pensar as relações intersubjetivas<br />

no cotidiano da escola. Badia, em um artigo intitulado “Cultura, Organização<br />

e <strong>Educação</strong>: temática recorrente”, coloca-nos que Morin investiga os<br />

sentidos do termo cultura chegando a uma constante oscilação do mesmo, entre<br />

um sentido “totalizador-abarcante” e um sentido “residual”; afirma-nos, ainda,<br />

que a primeira definição recobre o sentido “socioetnográfico” e a segunda um<br />

sentido “ético-estético” que, analisados, nos remeteriam aos seguintes sentidos<br />

para o termo cultura, a saber: sentido antropológico, etnográfico, sociológico e<br />

concepção valorativa ou axiológica de cultura. Convém ressaltar, segundo esse<br />

autor, que “aqueles sentidos podem se reduzir a dois procedimentos, dois métodos,<br />

duas filosofias”, na abordagem de Morin, para definir o termo cultura; uma<br />

dessas filosofias reduz cultura a “estruturas organizacionais”, enquanto a outra remete<br />

a expressão cultura a um “plasma existencial”, e esse é modo pelo qual encaminharemos<br />

nossa discussão.<br />

Segundo esse mesmo autor (1979), “(...) as sociedade históricas comportam<br />

uma dimensão quase eco-organizacional decorrente das interações espontâneas<br />

entre indivíduos e grupos”. Desse modo, em virtude da complexidade dessas<br />

interações, pautamo-nos na bacia semântica do Paradigma da Complexidade de<br />

Edgard Morin, nos referenciais teóricos da Culturanálise de Grupos de José Carlos<br />

de Paula Carvalho (1991), na Antropologia do <strong>Imaginário</strong> de Gilbert Durand<br />

(1993) e na Sociologia do Cotidiano de Michel Maffesoli (1998), fontes das quais<br />

extraímos os raciocínios que mostram as características operacionais do conceito<br />

de cultura em Morin e Maffesolli, tendo em vista nosso objetivo: um novo olhar<br />

frente ao extremado (ver Canevacci, 2005) que insurge na Pós-Modernidade.<br />

Não pretendemos, aqui, negar o Paradigma Clássico, mas acreditamos haver<br />

um antagonismo responsável pela existência das “(...) dominações, da servidão<br />

e da sujeição”, conforme Morin. Tem-se, não somente no cotidiano escolar,<br />

* Doutoranda do Programa de Pós-graduação da FCLAr-UNESP/Car-CIPI.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!