Culturas Contemporâneas, Imaginário e Educação ... - Rima Editora
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O imaginário sobre o negro no espaço escolar 125<br />
constituírem enquanto pessoas e seres humanos na recursividade do trajeto antropológico,<br />
eles não se encontravam isentos de terem as suas imagens e o seu imaginário<br />
livres das influências culturais, sociais e simbólicas da sociedade e do mundo<br />
no qual habitam, pois, como afirma Durand (1997: 41), o imaginário é produzido<br />
no “trajeto antropológico” entendido como:“...a incessante troca que existe ao nível<br />
do imaginário entre as pulsões subjetivas e assimiladoras e as intimações objetivas que<br />
emanam do meio cósmico e social”. Ou seja, o imaginário é produzido na trajetividade<br />
entre o subjetivo e o objetivo, o pessoal e o meio sociocultural.<br />
Finda a parte de levantamento e desconstrução do imaginário negativo sobre<br />
o negro, iniciamos um processo de (re)construção de um outro imaginário.<br />
Tocamos a música: “África”, do grupo Palavra Cantada.<br />
Quem não sabe onde é o Sudão<br />
saberá<br />
A Nigéria, o Gabão<br />
Ruanda<br />
Quem não sabe onde fica o Senegal,<br />
A Tanzânia e a Namíbia,<br />
Guiné Bissau<br />
Todo o povo do Japão<br />
Saberá<br />
De onde veio o Leão<br />
de Judá<br />
Alemanha e Canadá<br />
Saberão<br />
Toda a gente da Bahia<br />
sabe já<br />
De onde vem a melodia<br />
Do ijexá<br />
o sol nasce todo dia<br />
Vem de lá<br />
Entre o Oriente e ocidente<br />
Onde fica?<br />
Qual a origem de gente?<br />
Onde fica?<br />
África fica no meio do mapa do mundo<br />
do atlas da vida<br />
Áfricas ficam na África que fica lá e aqui<br />
África ficará<br />
Basta atravessar o mar<br />
pra chegar<br />
Onde cresce o Baobá<br />
pra saber<br />
Da floresta de Oxalá<br />
E malê<br />
Do deserto de Alah<br />
Do ilê<br />
Banto mulçumanagô<br />
Yorubá<br />
A letra da música ilustra o continente africano como berço da humanidade,<br />
já que os fósseis mais antigos dos primeiros seres humanos foram encontrados<br />
ali. Essas imagens reforçam um sentido de uma origem em comum, que<br />
perante uma discriminação que se apresenta pela cor da pele perde o seu sentido,<br />
já que todos os seres humanos descendem da Mãe África.