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Culturas Contemporâneas, Imaginário e Educação ... - Rima Editora

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<strong>Educação</strong> e diversidade 149<br />

I – O MENINO QUE VIRAVA LOBISOMEM<br />

Um dia um menino e sua mãe morava em um lugar muito afastado da população.<br />

Toda noite de lua cheia o menino acordava a meia, ele pulava a sua<br />

mãe três vezes e depois saia para fora. Ele ficava atrás de um monte de terra,<br />

tirava a roupa, virava cobra, o menino começava a sair pelo seu corpo e virava<br />

lobisomem. Teve um dia sua mãe desconfiou, o menino quando ele começou<br />

a pular, a sua mãe acordou, quando ele foi para fora para ir no monte de terra<br />

a mãe dele foi, pegou um rabo de tatu bateu bastante no bicho e o bicho<br />

desvirou e virou o menino. O menino nunca mais virou lobisomem.<br />

II – O BICHO PELUDO<br />

Um dia minha mãe acordou a noite com o barulho dos cachorros, a minha<br />

mãe foi olhar o que era, ela foi bem quieta, e veio um bicho bem feio, orelhudo.<br />

A minha mãe foi chamar o meu pai, que pegou o revolver e foi ver o que<br />

era. Os cachorros estavam arrodeando o bicho, não tinha como meu pai<br />

atirar no bicho. Ele deu um tiro pra cima o bicho correu e no outro dia o<br />

meu pai contou que era lobisomem.<br />

III – A LUZ<br />

Um dia um pessoal vinha de uma festa, para voltar tinha que passar por uma<br />

ponte, de repente apareceu uma luz muito grande, o pessoal foi chegando<br />

mais perto e a luz foi afastando e de repente a luz sumiu. Ninguém soube<br />

falar o que era.<br />

Percebe-se nas suas narrativas a forte influência dos agentes socializadores<br />

míticos que transmitem valores como respeito e obediência: considerados pelo aluno<br />

como fundamentais à vida.<br />

Voos mais altos não estão previstos, pois “sempre gostei muita da minha<br />

vida; do jeito que é”. A escola poderá talvez potencializar sua estrutura heróica,<br />

pois ela representa a verdadeira luta que o autor deve enfrentar, pois lá se encontra<br />

o outro lado do social, onde ele não se sai tão bem como no seu meio: “a professora<br />

me disse para ficar alegre”; “tem dia que é muito triste porque tem vez que<br />

eu não sei uma prova e muitas outras coisas”; “eu gostaria que os computadores<br />

da escola já tivessem funcionando para mim aprender computação, eu acho que<br />

é muito importante para um estudante”. A partir dessa última afirmação: será o<br />

computador o estímulo que falta à sua rotina, a “borboleta”, como símbolo cíclico<br />

a anunciar novos embates em busca de sentido para a vida?

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