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Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

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I <strong>Seminário</strong> <strong>Violar</strong> – Problematizando as Juventu<strong>de</strong>s na Contemporaneida<strong>de</strong> –<br />

11 a 13 <strong>de</strong> Agosto 2010<br />

Perceber a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovar e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar produz um misto <strong>de</strong> sentimentos na<br />

vida <strong>de</strong> jovens mulheres.<br />

A falta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s bate à porta da periferia constantemente on<strong>de</strong> o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> criação<br />

parece sucumbir-se à privação do querer e não po<strong>de</strong>r. Diferente do pensamento abstrato, da<br />

impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar, diante <strong>de</strong> tantas dificulda<strong>de</strong>s, é possível <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r-se da arma do preconceito e<br />

superar os <strong>de</strong>safios com mais <strong>de</strong>safios.<br />

A cultura pe<strong>de</strong> passagem aliada ao seu inventor: o ser humano. A cultura é o alicerce para os<br />

pés, objeto <strong>de</strong> socialização e também indústria para usufruto da socieda<strong>de</strong> capitalista.<br />

A fração significativa <strong>de</strong> jovens pobres da periferia, em sua maioria negros, que vivem a<br />

realida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>semprego, da falta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, sem lazer e sem perspectiva <strong>de</strong> um futuro, busca<br />

no movimento hip-hop integrar-se, enxergar-se como indivíduo, como sujeito. Esses jovens encontram<br />

nas letras do rap o discurso da realida<strong>de</strong> vivida no cotidiano, <strong>de</strong>nunciam as mazelas sociais e a falta <strong>de</strong><br />

políticas públicas para o cidadão da periferia.<br />

Nesse universo juvenil a voz da mulher se insere para formar não apenas o discurso contra a<br />

pobreza, mas também <strong>de</strong>nunciar os problemas da vida doméstica, a violência contra a mulher, a<br />

invisibilida<strong>de</strong> feminina, o machismo, o sexismo e <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>sconfortos sociais que permeiam a vida<br />

tanto das jovens hip hoppers como <strong>de</strong> outras mulheres.<br />

A relevância <strong>de</strong>ste tema está focada na construção da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero no âmbito da<br />

cultura através <strong>de</strong> uma subcultura que transmite voz e empo<strong>de</strong>ra as mulheres inseridas no movimento<br />

hip-hop.<br />

A metodologia utilizada foi revisão <strong>de</strong> literatura sobre o assunto e um trabalho <strong>de</strong> campo para<br />

observar como as jovens se articulam e se veem inseridas no movimento hip-hop.<br />

Os nomes dos participantes da pesquisa e <strong>de</strong> alguns locais foram substituídos por nomes<br />

fictícios e por siglas para preservar suas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s.<br />

Os cinco elementos<br />

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