Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

I Seminário Violar – Problematizando as Juventudes na Contemporaneidade –
11 a 13 de Agosto 2010
Outros pensam que é importante saber sobre algumas coisas mesmo que temporariamente,
como para uma prova, ou para apenas um vestibular. ―Você aprende aquilo que te interessa‖.
Fui questionada várias vezes por um aluno em especial que queria compreender o sentido de
todo esse aprendizado e ficou interessado em saber o que hoje eu utilizo na faculdade que
aprendi no colegial. E por que eu queria saber sobre diversas coisas se nem uso? Só porque
serei professora? (os papéis praticamente se inverteram).
Outro aluno disse que ―O que a gente precisa pra vida a gente aprende na rua, lá fora e não
na escola‖. Evidenciando novamente a falta de relação do que se aprende com o cotidiano
vivido pelo aluno. Será que aproximar a realidade dos alunos aos conteúdos ensinados é uma
saída para uma motivação maior frente ao aprender? (Lima, 2005, p.4)
Uma aluna comentou que ―umas coisas que aprendemos até que a gente usa, mas tem outras
que não tem nada a ver‖.
Outros disseram que algumas coisas poderiam ser substituídas por outros assuntos mais
próximos da realidade deles. ―Alguém pode me dizer pra quê equação do segundo grau?‖
Para Sacristán (2005), citado por Penatieri (2010):
...nas salas de aula repletas, encontramos seres reais com um status em processo de mudança,
que não se acomodam à idéia que os adultos haviam feito deles. O mundo mudou, os alunos
também. Teremos de alterar nossas representações do mundo e dos alunos, bem como nossas
práticas. (p. 9)
Conversava com uma menina do 1º ano sobre o conhecimento adquirido na escola, e ela
acreditava que o que aprendia era meramente funcional para o vestibular, para mais nada, mas
insisti na discussão.
Pesquisadora: Por exemplo, história, você acredita que você precisa saber história por
algum motivo especial?
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