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Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

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I <strong>Seminário</strong> <strong>Violar</strong> – Problematizando as Juventu<strong>de</strong>s na Contemporaneida<strong>de</strong> –<br />

11 a 13 <strong>de</strong> Agosto 2010<br />

Assim pensar o jovem enquanto sujeito social está para além <strong>de</strong> uma postura teórica, implica também<br />

um posicionamento metodológico especifico. Nesse sentido acreditamos que a História Oral possa<br />

colaborar para percebermos os diferentes diálogos estabelecidos pelos jovens com as representações<br />

sociais construídas a respeito <strong>de</strong>les. É importante <strong>de</strong>stacar a fala <strong>de</strong> Portelli com relação ao que é a<br />

entrevista oral:<br />

Uma troca entre dois sujeitos: literalmente uma visão mútua. Uma parte não po<strong>de</strong> realmente ver a outra a menos<br />

que a outra possa vê-lo ou vê-la em troca. Os dois sujeitos, interatuando, não po<strong>de</strong>m agir juntos a menos que<br />

alguma espécie <strong>de</strong> mutualida<strong>de</strong> seja estabelecida. O pesquisador <strong>de</strong> campo, entretanto, tem um objetivo<br />

amparado em igualda<strong>de</strong>, como condição para uma comunicação menos distorcida e um conjunto <strong>de</strong> informações<br />

menos ten<strong>de</strong>nciosas. 208<br />

Nesse sentido busquei durante a realização das entrevistas, estabelecer uma relação <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> entre<br />

as partes constituintes na produção da entrevista, entre o sujeito entrevistado e o pesquisador.<br />

Buscamos neste artigo perceber as diferentes construções <strong>de</strong> sentidos <strong>de</strong> jovens universitários<br />

a respeito <strong>de</strong> suas vivencias que os constituem enquanto universitários. Pensamos assim que perceber<br />

e problematizar as experiências <strong>de</strong>sses jovens antes <strong>de</strong> os mesmos entrarem na universida<strong>de</strong>, foi<br />

importante para enten<strong>de</strong>rmos diferentes sentidos construídos pelos mesmos a respeito da universida<strong>de</strong>.<br />

Buscamos também, pensar a juventu<strong>de</strong> não apenas como um momento <strong>de</strong> preparação para a vida<br />

adulta, apesar <strong>de</strong> também o ser, mas um momento específico <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong>s e<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s, bem como, um momento <strong>de</strong> atuação <strong>de</strong>sses sujeitos no lugar social que os mesmos<br />

ocupam. Nesse sentido ressaltamos a importância <strong>de</strong> tal feito. O jovem não po<strong>de</strong> mais ser visto apenas<br />

como uma construção, um vir a ser para a vida adulta. O jovem <strong>de</strong>ve ser pensado na complexida<strong>de</strong> da<br />

trama <strong>de</strong> relações que constitui os sujeitos, complexida<strong>de</strong> essa que inclui além da ida<strong>de</strong>, a classe<br />

social, gênero, etnia, religião, etc. Enfim, <strong>de</strong>ve-se pensar o jovem <strong>de</strong>ntro da complexida<strong>de</strong> que é o ser<br />

humano, o sujeito social, ser que justamente por sua complexida<strong>de</strong> nos atrai para a tentativa <strong>de</strong><br />

compreendê-lo.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

DAYRELL, Juarez. O JOVEM COMO SUJEITO SOCIAL. In: Juventu<strong>de</strong> e<br />

Contemporaneida<strong>de</strong>. Brasilia: UNESCO, MEC, ANPEd, 2007.<br />

KHOURY, Yara Aun. Muitas memórias, outras histórias: cultura e o sujeito na história. In:<br />

FENELON, Déa Ribeiro (Org.). Muitas memórias, outras histórias. São Paulo: Olho D‘água,<br />

2004. P.122.<br />

PORTELLI, Alessandro. Forma e Significado na História Oral. A Pesquisa como um<br />

Experimento em Igualda<strong>de</strong>. PROJETO HISTÓRIA. São Paulo, p. 7-39. Fevereiro, 2007.<br />

208<br />

PORTELLI, Alessandro. Forma e Significado na História Oral. A Pesquisa como um Experimento em<br />

Igualda<strong>de</strong>. PROJETO HISTÒRIA. São Paulo, p. 7-39. Fevereiro, 2007.<br />

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