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Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

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I <strong>Seminário</strong> <strong>Violar</strong> – Problematizando as Juventu<strong>de</strong>s na Contemporaneida<strong>de</strong> –<br />

11 a 13 <strong>de</strong> Agosto 2010<br />

Não houve diferença estatisticamente significativa entre os gêneros masculino e feminino na amostra<br />

participante <strong>de</strong>ssa pesquisa. O instrumento utilizado não permitiu a distinção entre bullying direto e<br />

indireto, nem abordou a questão do cyberbullying.<br />

E quanto à freqüência <strong>de</strong>sses ataques? Como já foi citado, uma das características do bullying é o fato<br />

das ações <strong>de</strong> violência serem praticadas pelos seus autores repetidamente (Tognetta & Vinha, 2010).<br />

De acordo com Jorge e Campos (2010) a vítima, ou alvo <strong>de</strong> bullying, é atacada continuamente por seu<br />

algoz ou algozes e é justamente isso que gera um sentimento <strong>de</strong> angústia nos sujeitos vitimizados, pois<br />

a sua incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lutar contra esses atos gera um sofrimento crescente e que po<strong>de</strong> até culminar em<br />

<strong>de</strong>pressão. Em nossa pesquisa foi perguntado aos alunos se já haviam agredido, zoado, maltratado,<br />

humilhado ou ameaçado algum colega, e em casos afirmativos, com qual frequência.<br />

Na figura 3 estão os dados encontrados em nossa investigação:<br />

<strong>de</strong> vez em quando<br />

1 ou 2 vezes na<br />

semana<br />

2 ou mais vezes<br />

na semana<br />

todo dia<br />

0%<br />

0%<br />

0%<br />

10%<br />

20%<br />

Figura 3: Frequência da incidência <strong>de</strong> maus-tratos pelo autor<br />

30%<br />

40%<br />

78%<br />

eventual<br />

convicto<br />

Com base nas respostas dadas sobre a frequência dos maus-tratos cometidos; quem eram os indivíduos<br />

ofendidos; se contavam esses atos a alguém e se contavam, para quem contavam; e qual(is)<br />

sentimento(s) foi(ram) <strong>de</strong>spertado(s) no momento em que cometeu essas ações, classificarmos os<br />

autores em duas classes distintas: autores convictos e eventuais.<br />

A frequência, portanto, foi um dos critérios principais para a separação dos autores nessas duas<br />

categorias, pois consi<strong>de</strong>ramos como sendo autores eventuais os que realizam os atos <strong>de</strong> violência<br />

esporadicamente. Já os autores convictos, foram assim classificados, quando cometiam as ações<br />

violentas com uma maior frequência (uma ou mais vezes por semana). Porém alguns autores que<br />

foram consi<strong>de</strong>rados convictos, apesar <strong>de</strong> terem respondido que cometiam esses atos ―<strong>de</strong> vez em<br />

quando‖, foram assim classificados pelo conjunto das <strong>de</strong>mais respostas do questionário além <strong>de</strong><br />

apresentarem sentimentos como: satisfeito(a); po<strong>de</strong>roso(a); indiferente; vingado(a); em suas respostas.<br />

Nota-se, <strong>de</strong> acordo com nossa pesquisa, que boa porcentagem <strong>de</strong> autores pratica o bullying<br />

diariamente: 30% dos alunos consi<strong>de</strong>rados como autores convictos. Esse número foi três vezes maior<br />

do que o apresentado em outras investigações (Tognetta e Vinha, 2008), consi<strong>de</strong>rando apenas o índice<br />

das escolas públicas.<br />

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