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Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

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I <strong>Seminário</strong> <strong>Violar</strong> – Problematizando as Juventu<strong>de</strong>s na Contemporaneida<strong>de</strong> –<br />

11 a 13 <strong>de</strong> Agosto 2010<br />

Cidadania, Trabalho, Assistência e Inclusão Social (SMCTAIS) <strong>de</strong>sse município e a<br />

Petrobrás.<br />

O Projeto Firmeza tem como objetivo ―reduzir, significantemente, os riscos <strong>de</strong><br />

exploração sexual comercial a que crianças e adolescentes estão submetidos, ampliando e<br />

implementando ações complementares às que estão em <strong>de</strong>senvolvimento, em direção a sua<br />

autonomia‖ 175 . No período analisado por esta pesquisa contava com uma equipe <strong>de</strong> seis<br />

educadores sociais 176 , uma arte-educadora, uma psicóloga, uma assistente social e uma<br />

coor<strong>de</strong>nadora. O Projeto possui como foco o atendimento direto à criança e ao adolescente em<br />

situação <strong>de</strong> exploração sexual comercial, além do atendimento <strong>de</strong> suas respectivas famílias.<br />

Sua proposta é construir vínculos com essa população e a partir <strong>de</strong>sses, iniciar um<br />

acompanhamento sistemático visando contribuir para uma formação cidadã, que possibilite a<br />

consciência crítica <strong>de</strong> sua situação e <strong>de</strong> seus direitos e contribua para melhores condições <strong>de</strong><br />

vida. Para tanto, apresenta uma proposta educativa cujas características aproximam-se do que<br />

se <strong>de</strong>nomina educação não formal, ou seja, uma forma <strong>de</strong> educação que possui estrutura e<br />

organização, porém apresenta flexibilida<strong>de</strong> em relação aos conteúdos <strong>de</strong> aprendizagem e<br />

amplia a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação ao grupo com que se preten<strong>de</strong> trabalhar. (SIMSON,<br />

PARK e SIEIRO, 2001)<br />

Muitas ações <strong>de</strong> caráter educativo, nesse âmbito não-formal, que tem por objetivo trabalhar<br />

com crianças e adolescente em situação <strong>de</strong> exploração sexual comercial vêm sendo realizadas<br />

no Brasil 177 . A flexibilida<strong>de</strong> presente no planejamento e nas ações educativas, característica<br />

da educação não-formal, parece ser a<strong>de</strong>quada para o trabalho com sujeitos que foram privados<br />

<strong>de</strong> seus direitos e dignida<strong>de</strong>, sofrendo violências múltiplas. Este trabalho preten<strong>de</strong> apresentar<br />

reflexões a partir do trabalho da educação social em um <strong>de</strong>sses projetos, especificamente, o<br />

Projeto Firmeza. Buscou-se problematizar algumas questões acerca do papel dos educadores<br />

sociais no Projeto e suas concepções, a partir da observação <strong>de</strong> seu cotidiano e das discussões<br />

promovidas nas reuniões <strong>de</strong> equipe e avaliações.<br />

O que fazem os educadores<br />

O Projeto Firmeza tem início em abril <strong>de</strong> 2007. Contava com uma equipe <strong>de</strong> seis educadores<br />

sociais <strong>de</strong> rua que se dividiam em três duplas, assim <strong>de</strong>nominados, pois sua função seria a<br />

realização do chamado trabalho <strong>de</strong> campo, ou ―fazer rua‖. O trabalho <strong>de</strong> campo consiste em,<br />

após realização <strong>de</strong> um mapeamento das regiões, rua, praças, locais on<strong>de</strong> ocorre a exploração<br />

sexual comercial e em que há presença <strong>de</strong> adolescentes nessa situação, ir até esses locais,<br />

observar e abordar as(os) adolescentes. Essa abordagem se dava a partir da entrega <strong>de</strong><br />

preservativos e os educadores se apresentavam como educadores <strong>de</strong> um projeto que<br />

175 Trecho retirado do projeto do Projeto Firmeza para 2008, escrito por sua coor<strong>de</strong>nadora e enviado para a SMCTAIS.<br />

176 No início o projeto contava com equipe <strong>de</strong> seis educadores sociais. Em 2009, passa a ter cinco, mas em alguns<br />

momentos fica com apenas quatro. No fim <strong>de</strong> 2009 o projeto conseguiu contratar novamente um sexto educador.<br />

Entretanto, a partir <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2010 a equipe foi reduzida <strong>de</strong> seis para quatro educadores sociais em função <strong>de</strong> corte<br />

na verba repassada pela prefeitura.<br />

177 Projeto Camará (São Vicente-SP); ProInvert (Goiânia-GO); Projeto Meninas (Santos-SP), entre outros.<br />

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