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Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

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I <strong>Seminário</strong> <strong>Violar</strong> – Problematizando as Juventu<strong>de</strong>s na Contemporaneida<strong>de</strong> –<br />

11 a 13 <strong>de</strong> Agosto 2010<br />

configuração doutros sentidos. É assim que a construção <strong>de</strong>stes campos semânticos se<br />

evidência a<strong>de</strong>quada para indagar uma multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> sentidos que se jogam nas<br />

práticas escolares e sociais dos/as jovens. Isto alu<strong>de</strong> à produção <strong>de</strong> significações e aos<br />

processos interpretativos através dos quais se organizam as experiências e se lhe <strong>de</strong>signa um<br />

sentido a diferentes situações. É possível compreen<strong>de</strong>r a construção <strong>de</strong> sentidos como<br />

processos que se <strong>de</strong>senvolvem em marcos intersubjetivos, inscritos num momento social e<br />

histórico constituindo uma prática social dialógica que implica a linguagem em uso, ou seja, a<br />

linguagem como prática. (León Vega; 1999; Spink: 2000).<br />

Enten<strong>de</strong>mos que nas diferentes práticas discursivas se produzem sentidos que guiam sobre<br />

representações e imaginários sociais que incluem significações hegemônicas e alternativas.<br />

Questão que abre visibilida<strong>de</strong> a processos <strong>de</strong> significação contraditórios e não transparentes<br />

para uma interpretação lineal que procure a correspondência significante-significado.<br />

Segundo momento: as representações teatrais<br />

A construção das cenas começa das produções do primeiro momento, ou seja, da<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> associar com palavras suas vivências cotidianas na escola. Localizar as<br />

palavras a modos <strong>de</strong> constelação abre um espaço <strong>de</strong> discussão que possibilita reconstruir dali<br />

diversos sentidos associados às mesmas. Este disparador cria um marco a<strong>de</strong>quado para<br />

i<strong>de</strong>ntificar situações específicas na experiência escolar 353 em que esses sentidos se fazem<br />

corpo, a partir da consigna, O que situação ou anedota gostariam <strong>de</strong> representar e compartir<br />

com seus colegas a partir do que temos estado conversando? Recria-se a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

construir e representar teatralmente as situações mais significativas e recorrentes para contar e<br />

compartilhar com outros/as jovens suas experiências cotidianas.<br />

A representação teatral é uma atuação na qual se utilizam gestos, ações e palavras que<br />

permitem mostrar elementos para a análise <strong>de</strong> qualquer tema baseando-nos em situações da<br />

vida real.<br />

O processo <strong>de</strong> construção das cenas po<strong>de</strong> pensar-se como momento em si mesmo e precisa<br />

duma orientação específica dos/as coor<strong>de</strong>nares, já que se não preten<strong>de</strong>r-se que a cena seja<br />

construída em base uma estrutura rígida previa, se for preciso inserir alguns elementos<br />

estruturantes para uma melhor comunicação sem que incida significativamente na<br />

espontaneida<strong>de</strong> e criativida<strong>de</strong> da produção dos jovens. Por isso se apresentam orientações em<br />

relação a:<br />

-A distribuição <strong>de</strong> personagens.<br />

353 A configuração institucional escolar toma relevância como âmbito socializador a partir das relações com os<br />

colegas e como âmbito <strong>de</strong> expressão <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s e condições juvenis diversas, que muitas vezes entram em<br />

tensão com as regelações escolares. Isto apresenta um cenário complexo que, conforme com Dubet e Martuccelli<br />

(1998), constitui a experiência escolar como trabalho subjetivo para situar-se ativamente na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> expectativas<br />

familiares, na or<strong>de</strong>m das hierarquias escolares e no interjogo dos grupos <strong>de</strong> pertença.<br />

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