Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

I Seminário Violar – Problematizando as Juventudes na Contemporaneidade –
11 a 13 de Agosto 2010
Aqui transparece a relação entre os participantes dos grupos de discussão e o pesquisador. A referência
da jovem menciona o fato de estar participando de uma investigação coordenada por um pesquisador
que também é integrante da pastoral. A jovem transpareceu certo ar de surpresa, visto que, naquele
exercício de discussão, o lugar o pesquisador era diferente do papel de assessor desempenhado na PJE.
Um dos jovens egressos salientou ao final:
Temos que fazer mais momentos como este para poder falar como estamos aplicando na vida aquilo
que aprendemos na pastoral. (Marcelo, jovem egresso, 27 anos)
Tal manifestação sugere a demanda por outros espaços de troca de experiências e reflexão coletiva, em
alguma medida oportunizada no grupo de discussão, o que levou-o a formular a proposta de
continuidade de encontros como o realizado.
De posse do material gravado, os passos seguintes foram a transcrição e a análise dos depoimentos dos
jovens.
Considerações finais
A partir da proposta inicial de privilegiar metodologias que contemplassem a expressão dos
próprios jovens participantes da pesquisa, pode-se afirmar que as metodologias dos Portfólios Juvenis
e dos Grupos de Discussão foram fundamentais para a construção do corpus empírico e para a
conseqüente análise dos resultados obtidos.
A temática das juventudes tem tido maior espaço e discussão nos diversos âmbitos, inclusive
no acadêmico, especialmente nos últimos dez anos. Contudo, parece ainda que necessitamos de um
enfoque não apenas adultocêntrico acerca dos jovens, mas oportunizar que eles próprios possam
expressar suas idéias, sentimentos, sonhos.
Este cuidado remete a pensar também na questão metodológica para o desenvolvimento das
pesquisas. No caso do presente estudo foi possível perceber que as opções metodológicas pelos
Portfólios Juvenis e pelos Grupos de Discussão contribuiu sobremaneira para a expressão dos próprios
jovens durante a investigação.
Fica também o desafio de pensar e buscar novas ferramentas metodológicas que possam ser
colocadas como alternativas de pesquisa junto aos jovens, que oportunizem a escuta, a compreensão e
a participação mais ativa dos participantes.
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