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Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

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I <strong>Seminário</strong> <strong>Violar</strong> – Problematizando as Juventu<strong>de</strong>s na Contemporaneida<strong>de</strong> –<br />

11 a 13 <strong>de</strong> Agosto 2010<br />

SAID, Camila do C. Minas da Rima: jovens mulheres no movimento hip-hop <strong>de</strong> Belo Horizonte.<br />

2008. Dissertação (Mestrado) - Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008.<br />

STEARNS, Peter N. História das relações <strong>de</strong> gênero. São Paulo: Contexto, 2007. 250 p. ISBN<br />

9788572443555.<br />

WELLER, Wívian. A presença feminina nas (sub)culturas juvenis: a arte <strong>de</strong> se tornar visível. Revista<br />

Estudos Feministas, Florianópolis, v. 13, n. 1, p. 107-127, jan./abr. 2005.<br />

Resumo<br />

CULTURAS JUVENIS E CORRIDAS CLANDESTINAS DE CARROS E<br />

MOTOS: RISCO E MASCULINIDADE<br />

Leila Sollberger Jeolás 32<br />

A pesquisa etnográfica apresentada analisou corridas <strong>de</strong> carros e motos (―rachas‖) − as ilegais <strong>de</strong> rua e<br />

as institucionalizadas realizadas no autódromo <strong>de</strong> Londrina. Buscou-se compreen<strong>de</strong>r os significados<br />

atribuídos pelos ―rachadores‖ à velocida<strong>de</strong> e ao risco, através dos marcadores sociais <strong>de</strong> classe, gênero<br />

e geração. Seu objetivo foi apreen<strong>de</strong>r como esses jovens propõem <strong>de</strong>safios, afrontam perigos e correm<br />

riscos, às vezes, até o limite da vida e da morte, contrariamente aos discursos <strong>de</strong> controle dos riscos<br />

em um mundo tecnologizado e securitário. A pesquisa mapeou quatro locais <strong>de</strong> encontro e retraçou<br />

percursos e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ―rachadores‖ diversos quanto ao seu perfil sociocultural, ao tipo<br />

dos veículos, aos locais dos ―rachas‖, aos estilos e às preferências estéticas. A interpretação pautou-se<br />

em abordagens da teoria da prática e articulou discussões sobre culturas juvenis, risco e<br />

masculinida<strong>de</strong>. Dois pressupostos orientaram a análise: a íntima relação homem-máquina produzida<br />

no processo <strong>de</strong> socialização dos ―rachadores‖ minimiza a percepção <strong>de</strong> risco; e o exercício <strong>de</strong> uma<br />

masculinida<strong>de</strong> hegemônica, através da comprovação pública <strong>de</strong> coragem e <strong>de</strong> audácia, potencializa o<br />

risco. Po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r que a velocida<strong>de</strong> representa uma reação às formas <strong>de</strong> controle social e<br />

autodomínio e que a preparação dos veículos com características próprias possibilita aos jovens,<br />

privados <strong>de</strong> referências estáveis, exibirem potência, ganhar prestígio e alcançarem reconhecimento<br />

junto aos seus pares.<br />

Introdução<br />

32<br />

Doutora em Ciências Sociais (Antropologia) e professora do Departamento <strong>de</strong> Ciências Socias da<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina. Pesquisa <strong>de</strong>senvolvida com financiamento da CAPES para realização <strong>de</strong><br />

estágio <strong>de</strong> pós-doutorado na Université <strong>de</strong> Strasbourg-França.<br />

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