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Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

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I <strong>Seminário</strong> <strong>Violar</strong> – Problematizando as Juventu<strong>de</strong>s na Contemporaneida<strong>de</strong> –<br />

11 a 13 <strong>de</strong> Agosto 2010<br />

Devido à novida<strong>de</strong> da produção audiovisual compartilhada em re<strong>de</strong>, é raro encontrá-la diretamente<br />

abordada em publicações acadêmicas. O próprio ambiente on<strong>de</strong> são compartilhadas as produções<br />

encontra-se em movimento; um processo sempre em construção e transformação, através <strong>de</strong> múltiplas<br />

interações e conexões. As fontes usadas para <strong>de</strong>screver e acompanhar o fenômeno da produção<br />

audiovisual compartilhada são, em sua maioria, provenientes <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> jornais, periódicos e sites<br />

da Internet. A Internet tem se constituído um dispositivo e ferramenta <strong>de</strong> pesquisa, além <strong>de</strong><br />

instrumento para a interação colaborativa.<br />

Buscando conhecer e explorar o funcionamento dos ambientes, <strong>de</strong>senvolvemos um estudo<br />

exploratório. Paralelamente enveredamos pela análise <strong>de</strong> seqüências narrativas filmadas, editadas ou<br />

selecionadas e disponibilizadas em alguns sites <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os ou gravados em CD, cassete ou DVD,<br />

visando à formulação <strong>de</strong> instrumentos para a coleta e análise <strong>de</strong> dados.<br />

Não satisfeita com as referências encontradas, ainda muito insipientes para o tratamento das questões<br />

que se anunciavam, enten<strong>de</strong>ndo que não há neutralida<strong>de</strong> e que a minha <strong>de</strong>scrição é também uma<br />

interpretação, realizei uma sondagem junto a especialistas da área <strong>de</strong> cinema e ví<strong>de</strong>o. A intenção foi<br />

buscar outros olhares e dispor <strong>de</strong> dados para a construção <strong>de</strong> parâmetros para a análise das obras<br />

audiovisuais disponíveis nos sites <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os.<br />

Para o levantamento com especialistas, enviei pela Internet um questionário a quarenta e oito<br />

professores <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s brasileiras, localizados na plataforma Lattes do CNPq e para quatro<br />

pesquisadores <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s americanas. A seleção dos mesmos se <strong>de</strong>u a partir da leitura <strong>de</strong> livros,<br />

artigos ou entrevistas que se aproximavam <strong>de</strong> temas e questões significativas para o estudo.<br />

O índice <strong>de</strong> retorno foi da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 80% e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> respostas foi consi<strong>de</strong>rada satisfatória em<br />

42%. Em 20% dos casos não soubemos precisar o motivo da ausência <strong>de</strong> respostas; se os questionários<br />

não foram dirigidos ao en<strong>de</strong>reço eletrônico correto, ou se os professores receberam e não se<br />

dispuseram a respon<strong>de</strong>r.<br />

Embora tenham prontamente respondido, 38% dos pesquisadores não se posicionaram diretamente<br />

quanto às questões formuladas. Em algumas situações indicaram outros professores que julgavam<br />

mais atualizados ou preparados face à temática que estava sendo tratada. Também sugeriram a<br />

participação em eventos, visitas a sites, leituras, programas e filmes que consi<strong>de</strong>raram indicados para o<br />

aprofundamento <strong>de</strong> algumas questões. Alguns solicitaram o encontro pessoal ou por telefone, no caso<br />

<strong>de</strong> outros estados ou países, para a realização <strong>de</strong> entrevistas, o que não foi possível concretizar, em<br />

função da opção que fizemos pela utilização da internet.<br />

Com os <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> pesquisadores <strong>de</strong> audiovisuais, buscamos elucidar o formato em que estão<br />

articulados os discursos audiovisuais que estão sendo veiculados. Se as produções audiovisuais<br />

incorporam novida<strong>de</strong>s no que se refere aos códigos <strong>de</strong> enunciação ou se apenas copiam, reproduzem o<br />

discurso hegemônico.<br />

Enquanto na maior parte das respostas apresentadas pelos professores não encontramos consenso, foi<br />

quase unânime a observação <strong>de</strong> que nos sites que divulgam ví<strong>de</strong>os há muito lixo; muita produção sem<br />

valor artístico; um acúmulo <strong>de</strong> registros banais sem nenhuma importância cultural.<br />

Ainda segundo eles, o que caracterizaria a maior parte dos ví<strong>de</strong>os disponíveis na Internet é o ―faça<br />

você mesmo‖ e não uma produção profissional, ou que tenha compromisso com a inovação. Uma<br />

produção ―para mostrar-se e ser visto‖, marcada pela preocupação com os mecanismos <strong>de</strong> ―ratings‖:<br />

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