14.06.2013 Views

Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

I <strong>Seminário</strong> <strong>Violar</strong> – Problematizando as Juventu<strong>de</strong>s na Contemporaneida<strong>de</strong> –<br />

11 a 13 <strong>de</strong> Agosto 2010<br />

Assumimos com Tomás Ibañez (1994), que é inerente ao processo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

conhecimento o incidir sobre as realida<strong>de</strong>s sociais que se preten<strong>de</strong> conhecer; por isso<br />

procuramos <strong>de</strong>liberadamente <strong>de</strong>senvolver linhas <strong>de</strong> trabalho que combinem a pesquisa e a<br />

elaboração <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong> intervenção específicos para favorecer mais que a transferência<br />

<strong>de</strong> resultados, espaços <strong>de</strong> intercâmbio sobre diferentes versões da problemática dum modo<br />

conforme a realida<strong>de</strong> sócia educativa do nosso contexto.<br />

Uma das dificulda<strong>de</strong>s mais recorrentes, <strong>de</strong>tectada nos agentes educativos <strong>de</strong> escolas<br />

secundarias, está relacionada com a distância social e geracional que muitas vezes impe<strong>de</strong> que<br />

se relacionem adultos e adolescentes senão é através <strong>de</strong> relações <strong>de</strong> profundo autoritarismo ou<br />

através <strong>de</strong> formas permissivas que não favorecem a aprendizagem e a convivência. 351 na<br />

busca <strong>de</strong> formas alternativas <strong>de</strong> aproximação ao mundo juvenil para po<strong>de</strong>r favorecer espaços<br />

<strong>de</strong> encontro inter-geracional, temos <strong>de</strong>senvolvido formas <strong>de</strong> intervenção que nos permitem<br />

propor outros modos <strong>de</strong> expressão dos jovens para logo convocar os adultos a uma abordagem<br />

institucional <strong>de</strong> ditas expressões.<br />

Fundamentos da intervenção<br />

A realização das diversas oficinas numa jornada <strong>de</strong> trabalho se realizou sob um <strong>de</strong>senho<br />

programado <strong>de</strong> intervenção. Este implica ações discutidas, consensuadas e feitas por uma<br />

equipe, neste caso <strong>de</strong> pesquisa, formado na coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> grupos e a observação<br />

participante 352 . Ao discorrer-se dum <strong>de</strong>senho programado é preciso concordar previamente<br />

objetivos e as seqüências da oficina, as pautas <strong>de</strong> observação e registro, ou seja, confeccionar<br />

e concordar o <strong>de</strong>senho ao interior da equipe. Para a coor<strong>de</strong>nação se especificam os tempos dos<br />

diferentes momentos da oficina, as consignas a transmitir, e os modos e elementos necessários<br />

para consi<strong>de</strong>rar na construção das representações teatrais. São estas pautas as que guiam os<br />

momentos da jornada e criam condições para favorecer a expressão <strong>de</strong> significações sobre o<br />

tema/problema a trabalhar no dispositivo grupal. Ao respeito, Ana María Fernán<strong>de</strong>z assinala<br />

―pareceria um paradoxo, mas sabemos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre que quando se trabalha com muitas<br />

coor<strong>de</strong>nações <strong>de</strong> oficinas simultâneas um dos modos <strong>de</strong> garantir a diversida<strong>de</strong> é pautar o<br />

mais possível o dispositivo <strong>de</strong> base‖ (2007:140).<br />

Em relação ao posicionamento da coor<strong>de</strong>nação grupal na intervenção psicossocial nos<br />

posicionamos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> posturas mais relativistas sobre o grau <strong>de</strong> impacto do "saber‖ do<br />

coor<strong>de</strong>nador sobre o <strong>de</strong>venir dos grupos. Nesse sentido, recuperamos da tradição da Escola<br />

351 Se bem aparecem fenomenologicamente como formas permissivas, são significadas por os e as jovens como<br />

indiferença dos docentes em relação das suas situações particulares como jovens e alunos, e como falta <strong>de</strong><br />

compromisso com sua função e tarefa docente.<br />

352 Na nossa formação para a intervenção, foi chave a teoria e técnica <strong>de</strong> Grupos Operativos seguindo a escola <strong>de</strong><br />

Psicologia Social <strong>de</strong> Enrique Pichón Riviere (1977) com reformulações feitas no enquadramento <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação<br />

<strong>de</strong> grupos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> conceitualizações criticas <strong>de</strong> Ana María Fernán<strong>de</strong>z (1989 e 2007) e suas contribuições do<br />

dispositivo <strong>de</strong> multiplicação dramática; no marco dos processos formativos da Cátedra <strong>de</strong> Psicologia Social,<br />

UNC, coor<strong>de</strong>nada pela Professora Titular Ana M. Correa. Também, temos incorporado o registro etnográfico na<br />

observação dos processos grupais e a dinâmica <strong>de</strong> oficinas como instâncias <strong>de</strong> produção grupal das experiências<br />

<strong>de</strong> educação popular e pesquisa- ação em Latino América (Paulín, 2002)<br />

782

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!