Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

I Seminário Violar – Problematizando as Juventudes na Contemporaneidade –
11 a 13 de Agosto 2010
delimitadas a partir dos objetivos e fins que se persigam, do marco teórico que se tenha e do
tema para trabalhar.
Ao falar de dispositivos, recuperamos as considerações que faz Ana María Fernández, quem
refere ao termo como artifícios tecnológicos desenhado em intervenções institucionais e/ou
comunitárias ―o dispositivo é pensado como máquina que dispõe a, que gera condições de
possibilidade, que provoca ou põe em visibilidade e eventualmente em enunciabilidade de
latências grupais, institucionais e/ou comunitárias‖. (Fernández, 2007:115)
Nesta apresentação, temos tentado explicitar os alcances e possibilidades que adquire o
trabalhar com o dispositivo de representação teatral na medida em que constitui um artifício
que consegue desarmar as modalidades habituais de trabalhar com os/as jovens as situações
conflituosas na escola (através de mecanismos de disciplinamento ou interpelações reflexivas
que não contemplam formatos dialógicos). Entendemos que predispõe douto modo aos
sujeitos, constituindo espaços coletivos e gerando outros modos de enunciação possível.
Também consideramos que o dispositivo abre à visibilidade de situações naturalizadas, gera
condições para a identificação de linhas de sentido por parte dos mesmos atores e permite na
sua re-visão por parte dos adultos a reflexão sobre as práticas sócio educativas com os jovens.
As cenas se construíram a partir da emergência de sentidos pelo que, ao dizer de Ana María
Fernández, ―o dispositivo não pré-vem, não prescreve, senão que dis-põe à invenção dos
participantes…‖. (2007:154).
Consideramos que o dispositivo foi produtivo para elaborar multiplicidade de sentidos ligados
à experiência escolar; assim é como puderam significá-la como solidão, violência, injustiça,
ausência da intervenção adulta e/ou o autoritarismo e também vivências significadas como
situações de solidariedade e amizade entre adolescentes.
BIBLIOGRAFIA
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Buenos Aires: Paidós.
BARDISA RUIZ, T. (1997) Teoría y práctica de la micropolítica en las organizaciones
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DUBET, F. y MARTUCCELLI, D. (1998). En la escuela. Sociología de la experiencia
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FERNANDEZ, A. M. (1989) El campo grupal. Notas para una generalogía.Buenos Aires:
Paidós.
FERNANDEZ, A. M. (2007) Las Lógicas Colectivas. Imaginarios, cuerpos y multiplicidades.
Buenos Aires: Biblos.
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