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Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

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I <strong>Seminário</strong> <strong>Violar</strong> – Problematizando as Juventu<strong>de</strong>s na Contemporaneida<strong>de</strong> –<br />

11 a 13 <strong>de</strong> Agosto 2010<br />

Neste ambiente, fica claro que as mediações se dão pelo complexo ato <strong>de</strong> consumir, no<br />

entanto esses não percebem tal ato como complexo, como resultado <strong>de</strong> todo um processo <strong>de</strong><br />

produção e <strong>de</strong>senvolvimento capitalista, simplesmente consomem ou dizem consumir par<br />

serem gran<strong>de</strong>s.<br />

4. Relação professor e aluno.<br />

Tal qual o consumo e consumismo mudaram a dinâmica da socieda<strong>de</strong>, este também<br />

vem alterando a dinâmica e as relações existentes no interior da escola. Tais relações <strong>de</strong> forma<br />

alguma se assemelham ao que anteriormente se via no interior <strong>de</strong>ste espaço chamado escola.<br />

Quanto mais induzidos e influenciados pelo consumo, mais esses sujeitos modificam suas<br />

formas <strong>de</strong> agir, pensar e compreen<strong>de</strong>r o mundo.<br />

Dentre as muitas mudanças, ocorridas em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste fenômeno, po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>stacado<br />

a relação entre professor e aluno. Nesta, a relação não mais é percebida e permeada pelo<br />

respeito e admiração, <strong>de</strong> ambas as partes, mas sim como uma relação <strong>de</strong> fornecedor<br />

(professores) e consumidor (alunos). Os alunos por sua vez se compreen<strong>de</strong>m com os direitos<br />

<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iros consumidores e como tais fazem o que bem enten<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ntro da escola, haja<br />

vista que pensam, que po<strong>de</strong>m se apropriar ou ―comprar‖ o conhecimento, no momento em<br />

que <strong>de</strong>sejarem e que for interessante, para eles. Quanto aos professores, estes entram<br />

simultaneamente nesta lógica e simplesmente <strong>de</strong>sistem <strong>de</strong> tentar cativar os alunos, e <strong>de</strong> fato<br />

cumprirem seus papeis <strong>de</strong> educadores, limitam-se a cumprir o seu horário, sem que haja um<br />

sentido maior nessa prática, ocorre a verda<strong>de</strong>ira proletarização dos professores. Esses não<br />

mais se percebem como educadores e como tais, que cumprem uma função social, apenas<br />

passam a enxergar seu trabalho como mais uma forma <strong>de</strong> manutenção das necessida<strong>de</strong>s<br />

básicas humanas, uma forma <strong>de</strong> adquirir recursos financeiros para assim sobreviverem.<br />

Passaram a executar um trabalho on<strong>de</strong> se afastam do processo reflexivo, acabam sendo<br />

limitados por livros e apostilas que <strong>de</strong>terminam o que se <strong>de</strong>ve falar e como agir <strong>de</strong>ntro da sala<br />

<strong>de</strong> aula, atuam mecanicamente <strong>de</strong>ntro da escola tanto com os outros professores e com os<br />

alunos. A escola per<strong>de</strong> sua essência educacional e passa a ter características do processo<br />

produtivo.<br />

É notável na escola, que o consumo abandona os objetos para ser transferido para<br />

pessoas, pessoas são transformadas em meras mercadorias e que estão expostas...<br />

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