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Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

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Análise dos dados<br />

I <strong>Seminário</strong> <strong>Violar</strong> – Problematizando as Juventu<strong>de</strong>s na Contemporaneida<strong>de</strong> –<br />

11 a 13 <strong>de</strong> Agosto 2010<br />

Em uma das questões contidas no questionário, os alunos po<strong>de</strong>riam se i<strong>de</strong>ntificar com os seguintes<br />

personagens: vítima, espectadores, agressor agindo sozinho e agressores em grupo, e ao mesmo tempo<br />

analisar algumas proposições e verificar se pensavam da mesma forma. Sendo assim, <strong>de</strong>veriam marcar<br />

um ―x‖ na coluna abaixo das figuras que se i<strong>de</strong>ntificavam, bem como nas frases correspon<strong>de</strong>ntes. Os<br />

mesmos po<strong>de</strong>riam marcar mais <strong>de</strong> um ―x‖ ou <strong>de</strong>ixá-la em branco caso a afirmação não se encaixasse<br />

aos mesmos.<br />

Sendo assim, tivemos para a i<strong>de</strong>ntificação com vítimas (Tabela 01) que 70,30% dos alunos apontaram<br />

ter vergonha quando fazem piadas <strong>de</strong>les na frente <strong>de</strong> outras pessoas e que 54,10% acreditam ter<br />

alguma coisa que os agressores não gostem. Um outro ponto a <strong>de</strong>stacar é que 40,50% acreditam ter<br />

feito alguma coisa para que sofram bullying e sentem-se orgulhosos por não fazer o mesmo que os<br />

agressores.<br />

Os dados mostram o como os adolescentes na posição <strong>de</strong> vítimas sentem-se humilhados 400 e com<br />

vergonha perante os <strong>de</strong>mais integrantes da comunida<strong>de</strong> escolar. Vale ressaltar ainda, que as vítimas <strong>de</strong><br />

bullying chegam a acreditar que não são a<strong>de</strong>quadas ao padrão <strong>de</strong> ―normativida<strong>de</strong>‖ dos grupos sociais,<br />

e por isso, são perseguidas pelos agressores.<br />

Daí que ganha força a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que as escolas precisam começar a trabalhar e problematizar à<br />

heterogeneida<strong>de</strong>/diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nossa socieda<strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconstruir estereótipos que apenas<br />

sustentam relações preconceituosas (BOTELHO & SOUZA, 2007; CROCHIK, 1997; LA TAILLE,<br />

2009). Destarte, se o preconceito e a intolerância são aprendidos socialmente, o respeito pelo outro e a<br />

solidarieda<strong>de</strong> também po<strong>de</strong>m ser aprendidos (MUNARIN, 2007).<br />

Tabela 01. Opinião dos participantes – afirmações para cada personagem da história (Vítima)<br />

Vítima<br />

Sim Não Total<br />

f % f % f %<br />

Sei que isto está errado, mas faço isso porque os outros também fazem. 15 40,50 22 59,50 37 100,00<br />

Sinto-me envergonhado com aquilo que fiz. 9 24,30 28 75,70 37 100,00<br />

Devo ter feito alguma coisa para que façam isto. 15 40,50 22 59,50 37 100,00<br />

400 Apesar <strong>de</strong> redigir as palavras <strong>de</strong>ntro do corpo <strong>de</strong> texto e nas tabelas predominantemente no gênero masculino,<br />

nos levam a justificar que a escolha <strong>de</strong> um estilo para a escrita tem apenas a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> favorecer o caráter estético<br />

do trabalho, não <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando as singularida<strong>de</strong>s subjetivas no que se refere às diferenças experenciadas entre<br />

meninos e meninas.<br />

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