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Anais I Seminário Violar - Faculdade de Educação - Unicamp

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I <strong>Seminário</strong> <strong>Violar</strong> – Problematizando as Juventu<strong>de</strong>s na Contemporaneida<strong>de</strong> –<br />

11 a 13 <strong>de</strong> Agosto 2010<br />

De acordo com o documento Programa Juventu<strong>de</strong> e Meio Ambiente (MMA & ME, 2007: 13), em<br />

2007 foram i<strong>de</strong>ntificados Coletivos em 151 municípios brasileiros, cada um <strong>de</strong>les apresentando<br />

peculiarida<strong>de</strong>s em função do modo como a sua tradução para o local foi realizada. 109<br />

Em Ribeirão Preto, o Coletivo Jovem se configurou como a ação pública que envolveu o Executivo<br />

municipal e associações civis. Na parceria, coube a administração local, mediante a responsabilida<strong>de</strong><br />

da Secretaria Municipal <strong>de</strong> <strong>Educação</strong>, ce<strong>de</strong>r o espaço físico – Casa da Ciência Galileu Galilei 110 – e<br />

disponibilizar suportes financeiros e logísticos para a implementação das ativida<strong>de</strong>s do Coletivo Jovem<br />

<strong>de</strong> Meio Ambiente. Às associações envolvidas, comprometidas com a temática e as lutas do campo<br />

socioambiental, couberam o planejamento e <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s junto e com os jovens.<br />

Nos anos 2006-7, o Coletivo Jovem esteve sob a coor<strong>de</strong>nação da organização não-governamental<br />

Vivacida<strong>de</strong> 111 ; a partir <strong>de</strong> 2008 os trabalhos estiveram a cargo <strong>de</strong> mediadores sociais vinculados à<br />

Associação Olhos D‘Água 112 .<br />

Segundo fonte documental e observações <strong>de</strong> campo, as ações sócio-educativas e as intervenções<br />

urbanas realizadas por adultos e jovens integrantes do Coletivo pautaram-se pelos princípios<br />

estabelecidos pelo governo fe<strong>de</strong>ral, segundo os quais jovem educa jovem e os mediadores adultos têm<br />

a função <strong>de</strong> orientar e sensibilizar os sujeitos juvenis <strong>de</strong> forma não impositiva e não limitada, através<br />

<strong>de</strong> dinâmicas, trabalhos em grupos, reflexões, <strong>de</strong>bates, apresentações que exploravam a temática<br />

ambiental‖, sob diversas angulações (FILLIPINI, 2007 : 1). Além disso, tanto os mediadores como os<br />

jovens (individual e coletivamente) participaram <strong>de</strong> encontros <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> Ambiental em outros<br />

espaços citadinos; realizam visitações a centros <strong>de</strong> educação e reservas ambientais; atuaram em<br />

ativida<strong>de</strong>s práticas envolvendo a limpeza <strong>de</strong> espaços hídricos - lago e córrego, e realizaram plantio <strong>de</strong><br />

árvores em bairro situado na região leste da cida<strong>de</strong>.<br />

Tais modos <strong>de</strong> operar nos permitiram inferir que as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas neste espaço-tempo se<br />

pautaram por práticas marcadas pela dialogicida<strong>de</strong> que intencionavam, usando as palavras <strong>de</strong> Melucci<br />

(2001), agir sobre os ―códigos simbólicos‖ dos jovens participantes da experiência bem como<br />

buscavam <strong>de</strong>bater com os mesmos ―novos mo<strong>de</strong>los culturais‖ possíveis <strong>de</strong> organizar o quotidiano e as<br />

relações individuais e coletivas com o meio ambiente, em diferentes escalas territoriais daquela<br />

localida<strong>de</strong>.<br />

Os sujeitos juvenis do Coletivo Jovem em Ribeirão Preto: adolescentes-estudantes das camadas<br />

populares<br />

109<br />

A mesma fonte informou que, em 2007, foram i<strong>de</strong>ntificados Coletivos Jovens em estados <strong>de</strong> todas as regiões<br />

brasileiras; no estado <strong>de</strong> São Paulo tais ―nós‖ estavam atuantes nas seguintes localida<strong>de</strong>s: Assis, Altinópolis,<br />

Barueri, Iguape, Itapetininga, Itu, José Bonifácio, Pilar do Sul, Piracicaba, Ribeirão Preto, Salto <strong>de</strong> Pirapora,<br />

Santos, São José do Rio Preto, São Paulo, São Vicente, Sorocaba e Vargem Gran<strong>de</strong> Paulista. (id; ib, p.13, grifos<br />

nossos)<br />

110<br />

Localizada na região central <strong>de</strong> Ribeirão Preto, no Zoo Bosque Fábio Barreto, que também acolhe o Projeto<br />

Sala Ver<strong>de</strong>.<br />

111<br />

Organização não governamental que tem por finalida<strong>de</strong> apoiar e <strong>de</strong>senvolver ações para a <strong>de</strong>fesa, elevação e<br />

manutenção da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do ser humano, morador da cida<strong>de</strong> ou do campo, e <strong>de</strong> seu meio ambiente<br />

natural e cultural.<br />

112<br />

Olhos D‘água, coletivo que visa melhorar as oportunida<strong>de</strong>s e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> populações menos<br />

favorecidas, aglutinando pessoas e ações que repliquem em metodologias e dinâmicas <strong>de</strong> inclusão social, através<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento sócio-ambiental.<br />

307

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