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Descargar PDF - Publicaciones - CAF

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CAPÍTULO 5. PERSPECTIVA ECONÔMICA:<br />

UMA POLÍTICA SOCIAL E FISCAL PARA ÁGUA E SANEAMENTO<br />

Deve-se notar que os diagnósticos compreensivos feitos pelo <strong>CAF</strong> indicam<br />

que este setor precisa de profundas mudanças institucionais na maioria dos<br />

países (<strong>CAF</strong>, 2012). Estas reformas devem incluir, em primeiro lugar, a clara<br />

separação das funções de planejamento e definição de políticas da regulação<br />

e da prestação destes serviços. Enquanto as primeiras devem ser assumidas<br />

pelos governos nacionais, a prestação deve ser de responsabilidade de entidades<br />

regionais ou locais.<br />

Em segundo lugar, estas entidades de prestação devem desenvolver uma<br />

clara organização empresarial, seja através de empresas públicas especializadas,<br />

esquemas público-privados (geralmente empresas privadas que utilizam<br />

infraestruturas que fundamentalmente continuarão sendo públicas) ou empresas<br />

comunitárias ou solidárias (cada vez mais comuns em áreas rurais).<br />

Estas formas empresariais são essenciais para melhorar significativamente a<br />

eficiência técnica e econômica dos serviços (qualidade da água, redução de<br />

perdas, continuidade do serviço, redução de conexões informais e de contas<br />

a pagar). As melhorias na eficiência podem proporcionar também uma parte<br />

importante dos recursos de investimento necessários. Embora as empresas<br />

correspondentes devem ser fundamentalmente de caráter regional ou local,<br />

a nação pode ajudá-las através de investimentos de seu capital nas regiões<br />

mais carentes, com bancos de desenvolvimento que forneçam crédito para<br />

as empresas do setor, e com apoios para a formação de suas equipes de trabalho.<br />

Em terceiro lugar, é necessário gerar fluxos de informação adequados que<br />

são essenciais para as tarefas de regulação, supervisão, planejamento de investimentos<br />

e estabelecimento de metas de eficiência.<br />

Por último, mas não menos importante, tudo isso exige despolitizar tanto<br />

a regulação e a supervisão das entidades do setor, como a prestação destes<br />

serviços. A política deve influenciar, mas fundamentalmente no que diz respeito<br />

ao planejamento das leis que determinam os princípios regulamentares<br />

e em quais são os subsídios que devem ser de responsabilidade dos governos<br />

nacionais, regionais ou locais.<br />

Conclusões<br />

Este trabalho defende a consolidação da política social sobre o conceito de cidadania<br />

social e, portanto, de conceber serviços sociais e públicos básicos como<br />

direitos dos cidadãos. Isto significa, por sua vez, apoiar a política social nos<br />

princípios da universalidade e da solidariedade, e implica que a prioridade de<br />

tal política deve ser de desenvolver serviços e benefícios sociais que possam, de<br />

fato, universalizar-se. Neste sentido, argumenta que a melhor focalização é uma<br />

política social universal e que os gastos orientados para ampliar a cobertura dos<br />

serviços sociais e públicos são altamente redistributivos.<br />

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