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cAPÍTULO 2. OS DESAFIOS DA ÁGUA POTÁVEL E DO SANEAMENTO:<br />

INFORMALIDADE URBANA E SERVIÇOS DE ÁGUA E SANEAMENTO<br />

infraestrutura social para que possam proporcionar serviços de qualidade para<br />

todos, enquanto enfrentam os desafios inerentes à crescente degradação ambiental,<br />

à vulnerabilidade emergente de desastres naturais, incluindo os efeitos<br />

das mudanças climáticas.<br />

Consequentemente, serão necessários instrumentos que atenuem as consequências<br />

da degradação ambiental, a qual, infelizmente, aumentará inexoravelmente<br />

até que se alcancem níveis de desenvolvimento econômico que<br />

proporcionem a mobilização social, e se comece a financiar o investimento<br />

em proteção e gestão eficaz do meio ambiente. Também vão impor profundas<br />

revisões dos paradigmas tecnológicos e das sequências, até agora naturais, para<br />

a criação e o financiamento de infraestrutura. Por exemplo, no caso da infraestrutura<br />

hídrica, os investimentos em componentes troncais para a gestão da<br />

água nas cidades vão ocupar um papel ainda mais protagônico nos esforços de<br />

planejamento no futuro.<br />

Com o objetivo de preservar a qualidade das fontes de água das cidades,<br />

medidas foram propostas para controlar o uso do solo nas áreas de influência<br />

de rios, lagos, reservatórios e zonas de recarga de aquíferos. Essas medidas<br />

geralmente utilizam instrumentos chamados de comando e controle, mediante<br />

legislação, regulamentos e sistemas de sanções em caso de incumprimento. Infelizmente,<br />

na maioria dos casos, estes tipos de medidas não têm sido eficazes<br />

para controlar o avanço da urbanização, e inclusive chegaram a ter resultados<br />

perversos porque incentivaram a ocupação informal do solo, perante impedimentos<br />

para a mudança de uso e a perda de oportunidades econômicas<br />

associadas às alterações do zoneamento urbano.<br />

Para complementar estas medidas, iniciaram-se programas que geram<br />

incentivos para a conservação através de uma proteção controlada das<br />

zonas mais sensíveis, incluindo parques nacionais, reservas hidráulicas,<br />

ecossistemas sensíveis, entre outros. Em alguns casos, estes programas obtêm<br />

apoios financeiros através da criação de fundos de água que compensem<br />

os proprietários das terras a serem protegidas e gerem recursos para<br />

a implementação operacional das propostas jurídicas. Em outros, como<br />

é o caso da Costa Rica nas áreas de interesse para o Corredor Biológico<br />

Mesoamericano, o governo compensa os proprietários da terra através de<br />

um acordo de uso que é pago por um fundo de pagamento de serviços<br />

ambientais criado a partir de um imposto sobre a gasolina. Manter uma<br />

área protegida com funcionários, instalações e logística pode chegar a ter<br />

um custo anual que não passa de USD 10 por hectare em áreas de proteção<br />

estrita, a cerca de USD 40 por hectare por ano em áreas ecologicamente<br />

protegidas da Costa Rica. Com base neste tipo de conceitos formaram-<br />

-se fundos hídricos incipientes para as cidades de Quito e Bogotá, que<br />

seguem programas similares em linhas gerais de outras partes do mundo<br />

- notavelmente o programa de serviços ambientais na zona das montanhas<br />

Adirondack que abastecem de água a cidade de Nova York.<br />

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