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IGUALDADE E INCLUSÃO SOCIAL NA AMÉRICA LATINA:<br />

ACESSO UNIVERSAL À ÁGUA E AO SANEAMENTO<br />

somente de recursos, mas também de administração, de modo que era<br />

o momento de criar uma mudança profunda no seu papel, passando de<br />

um Estado empresário para um regulador, para assim atrair o capital e a<br />

tecnologia do setor privado. Até então, a atividade dos serviços sanitários<br />

havia sido desenvolvida, com muito poucas exceções, pelo Estado. Mas<br />

o Chile deveria priorizar e conseguir contribuições de capital privado<br />

em todos os setores com capacidade real para fazê-lo. Desse modo, o<br />

país poderia se concentrar muito melhor no investimento social. É por<br />

isso que se escolheu transfererir a operação das empresas sanitárias<br />

para mãos privadas. Esta decisão era considerada por alguns como um<br />

processo extremamente perigoso porque se temia que a gestão de um<br />

setor fundamental por parte de empresas privadas pudesse ocasionar<br />

aumentos excessivos de tarifa para os usuários; ou porque ninguém iria<br />

se interessar em investir a enorme quantidade de dinheiro que o país<br />

necessitava por ser um negócio que tem custos irrecuperáveis muito<br />

elevados. Mas no modelo escolhido pelo Chile tem-se a convicção de<br />

que em muitas áreas de infraestrutura os privados podem participar<br />

de forma mais eficiente, com mais recursos e melhor tecnologia,<br />

conseguindo também a despolitização do serviço. Além disso, o Chile<br />

deseja a modernidade e esta não é compatível com rios, lagos e praias<br />

contaminados porque não se pode tratar as águas servidas e muito<br />

menos com milhares de chilenos sem redes de esgoto. Portanto, esta<br />

diminuição do papel do Estado na construção de infraestrutura tinha<br />

que ser acompanhada de medidas para incentivar a participação do setor<br />

privado através de uma política ativa de parcerias, estímulos e garantias.<br />

• Demanda social e universalização no Estado de São Paulo. Uma lição<br />

aprendida no caminho à universalização no estado de São Paulo é que<br />

esta é uma consequência da demanda da sociedade e da conquista<br />

de um conjunto de consensos políticos. Não é o resultado do voluntarismo<br />

de tecnocratas do saneamento, nem de ações assistencialistas<br />

alimentadas por orçamentos públicos generosos. Estas exigências<br />

originam-se no aumento da renda dos segmentos mais carentes da<br />

sociedade que estimulam a atividade econômica e pressinam para a<br />

obtenção de melhores serviços públicos. Esta evolução favorável da<br />

receita tem relação direta com a política social do Estado que investe<br />

nas populações mais vulneráveis através de programas que melhoram<br />

a qualidade de vida e que envolvem a capacitação profissional, a geração<br />

de renda e o acesso à educação, à saúde e ao saneamento.<br />

• Políticas públicas e objetivos de universalização no Estado de São<br />

Paulo. Para o financiamento dos serviços de água potável e saneamento,<br />

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