Descargar PDF - Publicaciones - CAF
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IGUALDADE E INCLUSÃO SOCIAL NA AMÉRICA LATINA:<br />
ACESSO UNIVERSAL À ÁGUA E AO SANEAMENTO<br />
avanços na redução da pobreza e da desigualdade, a América Latina ainda<br />
é considerada como a região com a maior desigualdade do mundo,<br />
embora se deva reconhecer que é a única onde nos últimos anos reduziu-se<br />
a desigualdade na maioria dos países, tal como aparece no indicador<br />
Gini. Esta oportunidade histórica que a América Latina tem para<br />
fechar a lacuna de infraestrutura e governança é o contexto geral deste<br />
livro. Consequentemente, propõem-se políticas públicas que constroem<br />
sobre o progresso das últimas décadas, atribuindo a maior prioridade à<br />
solução dos problemas de desigualdade e os graves déficits de inclusão<br />
social que caracterizam a região.<br />
• Objetivos estratégicos do <strong>CAF</strong> na região. A visão do <strong>CAF</strong> para atender<br />
estes déficits tem quatro objetivos estratégicos. Primeiro, incorporar o<br />
maior número de pessoas aos benefícios do desenvolvimento através<br />
de políticas de igualdade e inclusão social que criem um ambiente de<br />
paz e coesão social. Em segundo, criar as condições apropriadas para<br />
o investimento e o crescimento através da estabilidade macroeconômica.<br />
Terceiro, estimular a produtividade, a competitividade e a agregação<br />
de valor na produção regional por meio de incentivos à eficiência microeconômica.<br />
E em quarto lugar, alcançar o equilíbrio ambiental que<br />
garanta um uso adequado dos recursos naturais e ambientais a fim de<br />
preservar os direitos das gerações futuras.<br />
• Política social, direitos humanos e focalização. O debate sobre a política<br />
social nas últimas décadas foi permeado pelo conflito entre dois<br />
pontos de vista: um que defende o acesso aos serviços sociais e aos serviços<br />
públicos básicos como direitos dos cidadãos e, assim, portanto, a<br />
política social sobre os princípios da universalidade e solidariedade que<br />
são direitos essencias; e a visão alternativa com ênfase na focalização dos<br />
subsídios do Estado para os setores mais carentes da população a fim<br />
de que possam ter acesso a estes serviços. Estes dois pontos de vista não<br />
são totalmente antagônicos, já que a universalização pode (e realmente<br />
deve) incluir a focalização de subsídios como um de seus instrumentos.<br />
No entanto, a primeira tem uma visão integral da ação do Estado e de<br />
sua contribuição para a igualdade, enquanto a segunda parte de uma<br />
concepção mais residual das responsabilidades públicas. A primeira visa<br />
evitar a segmentação na prestação de serviços sociais e públicos, enquanto<br />
que, de alguma maneira, a segunda promove a segmentação ao<br />
definir uns mecanismos de acesso aos setores carentes que são diferentes<br />
dos da população em geral. Além disso, embora ambos pontos de vista<br />
são coerentes com a possibilidade de se prestar os serviços através de<br />
métodos variáveis público-privados, os defensores do primeiro consideram<br />
melhor as formas públicas de fornecimento.<br />
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