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CAPÍTULO 7. PERSPECTIVA TÉCNICA E GERENCIAL:
AÇÃO DE LONGO PRAZO E EFICIÊNCIA EM SÃO PAULO
A autora agradece à jornalista Ana Maria Pacheco Lopes de Almeida pela
revisão do texto em português, ao estatístico Alex Tosta pela preparação dos
quadros e gráficos, e ao economista Silvio Xavier por sua contribuição para a
análise da Companhia de Saneamento Básico do Estado São Paulo (SABESP).
Contexto
Com 41,3 milhões de habitantes, ou 21,6% da população do Brasil, de acordo
com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) - São Paulo é o estado mais populoso do país. No entanto, seu território,
com 248.200 quilômetros quadrados, representa apenas 2,9% do território
brasileiro. Consequentemente, São Paulo tem uma densidade demográfica
muito elevada: 166,2 hab./km². Sua taxa de urbanização (95,9%) também é
alta com 39,6 milhões de pessoas em áreas urbanas.
A estrutura demográfica de São Paulo oferece oportunidades para um
desenvolvimento social e ambientalmente sustentável. Na última década, a
taxa de crescimento populacional foi de apenas 1,09%, inferior à média
nacional de 1,17% e com tendência decrescente nos últimos três censos. A
evolução da sua composição etária, devido à redução das taxas de natalidade
e do aumento da expectativa de vida da população, levou a uma diminuição
da população economicamente inativa (crianças e idosos) e ao crescimento
da população potencialmente ativa (adultos). Estima-se que a duração deste
bônus demográfico será de cerca de 20 anos, entre 2000 e 2020.
Segundo demógrafos e economistas, este é um período especial para São
Paulo e para o Brasil. No entanto, o bônus demográfico pode funcionar como
um acelerador do desenvolvimento se estiver acompanhado de políticas públicas
de educação, de recuperação e de proteção do meio ambiente, de revitalização
urbana, de inovação industrial, dentro de um ambiente macroeconômico
e institucional para expandir a economia e os negócios.
A combinação do cenário demográfico e da condição econômica favorável
também apresentou resultados muito animadores, com um crescimento médio
do PIB do estado acima do 5% anual, entre 2006 e 2010. Assim, o PIB per capita
em São Paulo, a preços atuais, era de 7.600 reais em 1995, atingiu 18.000
reais em 2005 e 29.200 reais em 2010, o que corresponde a um crescimento
real superior a 21% nos últimos cinco anos.
O crescimento do PIB per capita no período recente reflete uma tendência
para o crescimento que deve continuar nos próximos anos.
Deve-se acrescentar que o estado de São Paulo concentra seus esforços na
manutenção do equilíbrio fiscal entre as contas públicas e o crescimento das
receitas a fim de manter altos níveis de investimento em todas as áreas. Esta é
uma tendência que deve se manter nos próximos anos.
No campo social, o governo do Estado tem priorizado as populações mais
vulneráveis com programas para melhorar a qualidade de vida, que incluem
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