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CAPÍTULO 3. Balanço Regional sobre a universalização dos serviços:<br />
focalizar os direitos humanos nos excluídos<br />
mas. Em resumo, coloca em papel ativo o direito à participação da sociedade<br />
civil. A participação social deve-se dedicar através de mecanismos<br />
de regulação, procedimentos e ações institucionais que garantam a participação<br />
da população na hora de se tomar as decisões a respeito de um<br />
problema que afeta muitos de seus direitos fundamentais, começando<br />
pelo direito à vida.<br />
• Sobre os processos de prestação de contas. Refere-se a uma política<br />
de prestação de contas para a sociedade por parte dos agentes públicos<br />
e privados que tenham interferência com a água dentro do marco legal<br />
em vigor. Este processo necessita de objetivos, metas, medidas e monitoramento<br />
dos resultados. Os instrumentos de medição de audiência,<br />
consulta e auditoria social com as partes interessadas são os elementos<br />
centrais desta política. Este tipo de ações geram um ciclo virtuoso de<br />
aprendizagem e incorporação das lições.<br />
• Sobre as estratégias setoriais e os processos de planejamento. Frequentemente,<br />
leis específicas sobre assuntos setoriais, incluindo água<br />
potável e saneamento, não são discutidas e aprovadas com base na análise<br />
de suas implicações institucionais, seus custos de implementação,<br />
as necessidades de coordenação e os recursos financeiros para seu cumprimento<br />
eficaz. Para mudar esta situação, é importante a realização e a<br />
institucionalização de avaliações estratégicas que considerem os aspectos<br />
técnicos, econômicos, sociais e ambientais, bem como o ambiente<br />
da economia política que define a sua viabilidade. Sem este tipo de<br />
instrumentos estratégicos e de planejamento, os esforços para levar em<br />
frente planos setoriais, como os que necessita o direito humano à água,<br />
convertem-se em esforços improvisados que respondem a necessidades<br />
políticas de curto prazo, sem importar suas relações com outros setores<br />
nem a sua sustentabilidade a longo prazo.<br />
• Sobre o desenvolvimento de projetos adequados. Geralmente, na<br />
preparação de projetos de infraestrutura hídrica, atribui-se uma grande<br />
importância às soluções de engenharia, e em menor grau à avaliação<br />
econômica das alternativas disponíveis, assim como a avaliação dos<br />
impactos sociais e ambientais, os quais são muitas vezes considerados<br />
como “medidas de atenuação” depois que as decisões foram tomadas<br />
com um critério prioritariamente técnico. Esta prática, somada às<br />
distorções que possam gerar os esquemas de financiamento, podem<br />
levar à realização de projetos de qualidade inferior quanto a seu custo,<br />
tamanho e tecnologia. Ao mesmo tempo, as pressões do crescimento<br />
urbano levaram a favorecer o investimento na expansão das redes<br />
e a minimizar os investimentos em sistemas centrais, e também na<br />
reabilitação e renovação das instalações já existentes. Este problema<br />
complexo tende a se resolver através da preparação de planos-mestres,<br />
os quais deveriam ser formulados fora do quadro tradicional, o qual<br />
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