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IGUALDADE E INCLUSÃO SOCIAL NA AMÉRICA LATINA:<br />

ACESSO UNIVERSAL À ÁGUA E AO SANEAMENTO<br />

geralmente se concentra exclusivamente nos aspectos de engenharia.<br />

Uma nova geração de instrumentos de planejamento e avaliação de<br />

projetos é necessária para cobrir os aspectos econômicos, sociais<br />

e ambientais dos projetos hídricos, assim como os cruzamentos e as<br />

interrelações com outros setores. Sem estes tipo de instrumentos será<br />

difícil de se alcançar de, uma forma eficaz e sustentável, o planejamento e<br />

os projetos para a concreção do direito humano à água e ao saneamento.<br />

Desenvolvimento urbano<br />

Cerca de 25% da população urbana da América Latina carece ou recebe serviços<br />

de forma precária, o que se reflete em deficiências na qualidade sanitária<br />

da água; na falta de continuidade e pressão dos sistemas de distribuição e no<br />

baixo nível de tratamento das águas residuais. Além disso, a maioria das cidades<br />

apresentam carências significativas quanto à infraestrutura para a drenagem das<br />

águas pluviais, assim como na proteção das fontes de água. Manter esta situação<br />

significa reconhecer dois tipos de cidadãos: uns com serviços comparáveis aos<br />

oferecidos em cidades do mundo desenvolvido, e outros que têm que se conformar<br />

em receber serviços de uma categoria inferior.<br />

Esta situação está intimamente relacionada com as condições precárias de<br />

habitação, urbanizações com várias carências e frequente ilegalidade na posse<br />

da terra. Portanto, os desafios de urbanizar a cidade informal cobram uma importância<br />

inusitada para os países em desenvolvimento a fim de que possam,<br />

inclusive, concretizar efetivamente o direito humano à água e ao saneamento.<br />

O desafio das cidades consiste em desenvolver a infraestrutura hídrica dentro<br />

de condições institucionais de política social e financiamento que rompam, no<br />

menor prazo possível e a menor custo, o ciclo vicioso da superlotação, serviços<br />

precários e violência.<br />

Degradação ambiental<br />

Ao mesmo tempo, serão necessários instrumentos políticos que reduzam<br />

os impactos da degradação ambiental, especialmente entre a população mais<br />

carente e socialmente vulnerável. Para isso, pode-se pensar em fundos de<br />

financiamento fiscal e instrumentos de mobilização social que canalizem os<br />

pedidos dos cidadãos sobre os direitos à saúde e à qualidade do meio ambiente<br />

urbano. Estas políticas deveriam promover uma reversão das crescentes<br />

taxas de degradação ambiental dando prioridade às intervenções que<br />

reduzem seus impactos na saúde ao menor custo, e oferecendo os maiores<br />

benefícios sociais. A experiência da América Latina a este respeito é significativa,<br />

identificando-se que as intervenções relacionadas com a modificação<br />

dos hábitos de higiene pessoal e preparação de alimentos, o fornecimento<br />

de água sanitariamente segura de forma contínua, e o esgoto sanitário são<br />

as intervenções que reportam os maiores índices da relação benefício/custo<br />

dos projetos.<br />

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