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CAPÍTULO 4. PERSPECTIVA DO GOVERNANTE:<br />

A REVOLUÇÃO SANITÁRIA NO CHILE<br />

À instituição nascente foi atribuída praticamente a totalidade das responsabilidades<br />

técnicas e de administração dos serviços de água potável, esgoto e drenagem<br />

que eram realizados com fundos do Estado, ou com sua contribuição.<br />

A criação da DOS teve como objetivo centralizar todas as funções relacionadas<br />

ao serviço de água potável e esgoto em uma única agência, e dividia responsabilidades<br />

com a Divisão de Serviços Sanitários, criada também em 1953, que estudava,<br />

projetava, construía e reparava as redes de água potável e de esgoto; a Empresa<br />

de Água Potável de Santiago, do Município de Santiago, que administrava<br />

o serviço de água potável do setor central de Santiago; e a Empresa Municipal de<br />

Drenagem de Valparaíso e Viña del Mar, do Município de Valparaíso, que operava<br />

o serviço de esgoto da província de Valparaíso.<br />

Por outro lado, no Setor Rural existiam:<br />

• O Escritório de Saneamento Rural do Ministério da Saúde Pública, que<br />

estudava, planejava, construía e assessorava na operação e manutenção<br />

dos serviços de abastecimento de água para as populações rurais organizadas<br />

com menos de 1.000 habitantes.<br />

• A Seção de Higiene Ambiental do mesmo Ministério, que autorizava ou<br />

supervisionava o abastecimento de água e de saneamento básico para as<br />

zonas rurais do país onde a população era dispersa.<br />

• O Escritório de Engenharia Sanitária da Corporação da Reforma Agrária<br />

do Ministério da Agricultura, que administrava as redes de água para<br />

os assentamentos rurais e para os lugares onde não haviam projetos de<br />

desenvolvimento rural integrado.<br />

Se bem que a intenção de criar a DOS foi o progresso e a racionalização do<br />

setor sanitário, na realidade esta entidade realmente precisava, a essa altura, de<br />

um incentivo modernizador que lhe permitisse responder adequadamente às<br />

novas exigências. Um exemplo para ilustrar a situação é que, no período entre<br />

1968 e 1973, o financiamento dos serviços sanitários estava constituído de<br />

74% de receitas fiscais, 16% de origem externa e variada, e apenas 10% de sua<br />

renda própria. Destes recursos, 57% destinava-se aos investimentos no setor,<br />

13% para a operação e manutenção, e 30% para folha de pagamento. Por sua<br />

vez, a oferta de trabalhadores no setor aumentou de 3.800 para 13.500 no<br />

mesmo período.<br />

Em 1977 criou-se o Serviço Nacional de Obras Sanitárias (SENDOS) como<br />

uma única agência e sucessora das diversas entidades que operavam no setor.<br />

Estabeleceu-se como uma instituição autônoma do Estado, de direito público,<br />

com personalidade jurídica e patrimônio próprio separado do Tesouro,<br />

territorialmente descentralizada e relacionada com o Estado através do<br />

Ministério das Obras Públicas (MOP). Era formada por uma Direção Nacional<br />

e 11 Direções Regionais.<br />

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