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CAPÍTULO 4. PERSPECTIVA DO GOVERNANTE:<br />

A REVOLUÇÃO SANITÁRIA NO CHILE<br />

Um dado adicional é que o último balanço hídrico no Chile foi feito<br />

em 1987, o que dificulta qualquer planejamento do recurso por não<br />

haver informações atualizadas.<br />

4. O Chile, como a maioria dos outros países do mundo, está passando<br />

por um processo de escassez crescente e demanda de água. Experimentamos<br />

uma redução da disponibilidade do recurso de 50% nos últimos<br />

50 anos devido às mudanças climáticas. A tendência neste assunto é a<br />

diminuição, com a certeza de que futuros eventos hídricos extremos e<br />

a exacerbação dos conflitos pelo recurso entre os diferentes setores e<br />

interesses, como água e alimentação, e água e energia.<br />

Neste contexto, devemos entender que a sustentabilidade do recurso passa<br />

por uma gestão integrada das bacias hidrográficas, que é a base territorial real<br />

onde se deve discutir e resolver os problemas em torno da água.<br />

Além disso, um dos grandes desafios do Chile em torno da água é equipar-<br />

-nos de um mercado transparente e real, onde este recurso – que é um bem<br />

nacional de uso público – seja racionalmente utilizado e não fique ao mero<br />

arbítrio daqueles que têm a capacidade econômica de comprar direitos que a<br />

seu tempo foram entregues de forma gratuita e à perpetuidade pelo Estado.<br />

Este problema foi parcialmente corrigido pela Lei Nº 20.017 (2005), estabelecendo<br />

novos poderes para a administração do Estado. No entanto, muitas<br />

das correções necessárias não puderam ser implementadas por deficiências<br />

constitucionales e pelo veto da oposição nesse então.<br />

5. Resolver os problemas das águas pluviais. Há um projeto de lei que<br />

regula este tema que foi enviado ao Congresso Nacional em junho de<br />

2003. Infelizmente sua tramitação está paralisada desde janeiro de 2005,<br />

ou seja, já se passaram sete anos. 20<br />

Portanto, chegou a hora de encontrar as medidas que sejam necessárias para<br />

que, de uma vez por todas, construa-se a infraestrutura que nossas cidades exigem<br />

para que não colapsem cada vez que chove. Diversos estudos coincidem<br />

que se devem investir mais de USD 1,7 bilhão para a construção de coletores<br />

primários de águas pluviais nas 22 principais cidades do país.<br />

Resolvido o anterior, deve-se realizar uma completa revisão técnica dos planos-mestres,<br />

a fim de chegar a um acordo sobre a melhor solução que equilibre<br />

e harmonize o benefício social e incentive as empresas que queiram participar<br />

neste desafio.<br />

20. O projeto ficou paralisado por dúvidas sobre a sua constitucionalidade depois que as empresas sanitárias<br />

reclamaram porque o regulamento lhes impunha a obrigação de realizar cobrança por conceito de evacuação<br />

das águas pluviais. A Comissão de Constituição, Legislação e Justiça do Senado pronunciou-se na maioria<br />

declarando a inconstitucionalidade dos aspectos relevantes dessa iniciativa.<br />

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