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CAPÍTULO 6. PERSPECTIVA DA REGULAÇÃO:<br />

OPÇÕES PARA A REGULAÇÃO DO SERVIÇO UNIVERSAL<br />

que são administrados pelos próprios municípios. Os Fundos administram os<br />

excedentes de contribuições ou os déficits de financiamento dos subsídios.<br />

A Nação, através de transferências fiscais diretas provenientes no Sistema Geral<br />

de Participações (SPG), procura cobrir os déficits de financiamento de subsídios de<br />

alguns municípios onde não existem estratos altos ou setores fortes da indústria e<br />

do comércio que ajudem a financiá-los. As contribuições e os subsídios são considerados<br />

recursos fiscais e não fazem parte das receitas próprias das empresas que os<br />

administram.<br />

O regime busca que os custos da prestação dos serviços possam ser<br />

recuperados na totalidade pela empresa. No entanto, produzem-se déficits<br />

de financiamento de subsídios que ameaçam a sustentabilidade do serviço<br />

naqueles municípios onde a composição dos usuários de alta renda é baixa e a<br />

maioria dos habitantes do município pertence a grupos populacionais de baixa<br />

renda. A Lei 1537 de 2012 acaba de criar o Fundo Nacional de Solidariedade<br />

da Água e do Saneamento Básico, um complemento dos FSRI municipais, o<br />

qual visa suplmentar o financiamento dos subsídios para aqueles municípios<br />

que atendam às disposições legais em matéria de subsídios e criação dos FSRI.<br />

Isto porque muitos municípios não transferem os incentivos fiscais que a Nação<br />

confere via SGP para financiar os déficits e preferem usá-los para financiar<br />

projetos realizados pelo município em outros serviços com os mesmos recursos<br />

do SPG.<br />

Desequilíbrio dos custos de investimento e renda em centros urbanos<br />

Os investimentos em sistemas de prestação de serviços de aqueduto e esgoto<br />

são de longa maturação, com vidas úteis de 40 anos e as taxas anuais de recuperação<br />

de capital significativamente baixas. Vale a pena ilustrar este desequilíbrio<br />

entre os custos de investimento e as receitas com um exemplo.<br />

Em algumas das grandes empresas de capital estatal e prestadoras de aqueduto<br />

e esgoto na Colômbia, as taxas anuais de recuperação de capital são da<br />

ordem de 2,1%, taxa substancialmente baixa que desestimula a entrada de investimento<br />

privado a risco; a tarifa média da Empresa de Aqueduto de Bogotá<br />

(EAAB por sua sigla em espanhol), empresa que tem a maior tarifa de aqueduto<br />

do país e a segunda mais alta de esgoto, apenas recupera parcialmente<br />

do investimento anual que faz em água, esgoto e aqueduto pluvial cerca de<br />

COP$ 500 bilhões (USD 280 milhões/ano). Apenas 38% do investimento no<br />

sistema de galerias de águas pluviais é financiado com as tarifas de esgoto e<br />

o restante é financiado através do imposto predial arrecadado pela cidade.<br />

Deve-se notar que a maior parte do investimento feito pela EAAB é no esgoto,<br />

o qual, em um importante componente, corresponde a esgoto combinado<br />

pluvial/águas cinzas.<br />

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