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CAPÍTULO 1.Políticas Públicas para promover a igualdade e a inclusão social:
a caminho de uma cidadania plena na América Latina
Gráfico 1.8: Exemplo de tendência do Gini por cidades
0,7
0,5
Bogotá
Colômbia
Medellín
0,3
1991
2002
2005 2010
Fonte: CAF – UN Habitat, VI Foro Urbano Mundial, Nápoles, Italia, 2012.
Novos desafios, novos modelos e novas políticas
para promover um melhor crescimento
O mundo em geral está passando por uma fase de concentração de renda.
Mais de dois terços da população mundial vive em países onde se registrou um
aumento da desigualdade de renda desde 1980 (The Economist, 2012).
Este fenômeno de concentração de renda também afetou a América Latina
na primeira parte do período entre 1991-2010, no entanto, desde 2002 até
2010, esta tendência reverteu-se e é possível verificar importantes avanços na
redução da desigualdade de renda medida pelo coeficiente Gini.
Entre os fatores que explicam esse comportamento estão: uma adequada
gestão macroeconômica; uma série de programas de transferências monetárias
condicionadas em benefício dos segmentos mais vulneráveis; as melhorias nos
programas de pensões e a tendência para a universalização dos mesmos; um
ambiente internacional favorável que melhorou os termos de intercâmbio e
que levou a uma posição fiscal mais folgada, o que permitiu aumentar a demanda
por emprego.
No entanto, é necessário enfrentar novos desafios para fortalecer e acelerar
o processo de redução da desigualdade. Entre os principais desafios estão o
aumento do investimento em capital humano e em infraestrutura econômica e
social; o aumento da produtividade das economias da região; o favorecimento
de um fortalecimento institucional que permita uma melhor regulamentação e
concorrência entre os diferentes agentes econômicos.
Estes desafios terão que ser enfrentados no contexto de dois elementos característicos
da realidade da América Latina do início do século XXI, que são
o alto nível de urbanização e o crescente papel da juventude na criação de
riqueza e de bem-estar regional.
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