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IGUALDADE E INCLUSÃO SOCIAL NA AMÉRICA LATINA:<br />
ACESSO UNIVERSAL À ÁGUA E AO SANEAMENTO<br />
Programa Habilitación Vivienda (HV) nos bairros carentes de Medellín, Colômbia 60<br />
Este programa ilustra a expansão dos serviços para bairros informais de Medellín, na<br />
Colômbia, que recebem população migrante das áreas rurais do Departamento de<br />
Antioquia e de outros lugares. O programa foi desenvolvido com recursos da empresa<br />
de serviços e tem como objetivo fornecer água, esgoto e outros serviços (electricidade e<br />
gás) para a população de baixa renda. As Empresas Públicas de Medellín (EPM), desde<br />
1968, realiza a entrega ao beneficiário da conexão e instalações internas domiciliares,<br />
e o pagamento é feito mensalmente. O programa trabalha com as Secretarias de<br />
Desenvolvimento Social e Planejamento do Município de Medellín. Este modelo de<br />
contratação gera emprego e renda, e cumpre com os requisitos de previdência social.<br />
O programa trabalha para que o assentamento se torne “habitável” no caso de não ser,<br />
e se construem vias de acesso. Junto com o conselho comunal, equipa a zona com<br />
serviços públicos e evita o desperdício de água. A empresa gasta COP$ 15 bilhões/ano<br />
de subsídio líquido (USD 8,3 milhões/ano) que são financiados através do programa<br />
de Responsabilidade Social Empresarial (RSE). Existem dificuldades encontradas<br />
pelas EPM para este projeto. Não existe a figura do urbanizador, que inclui o custo<br />
da construção das redes de água e esgoto no preço da moradia. A empresa financia a<br />
20 anos e isto cria um alto impacto sobre o pagamento da conta, já que são assinantes<br />
com baixa capacidade de pagamento. Além disso, complica-se ao receber ajuda<br />
do município já que se trata de um processo complicado e demorado e que acaba<br />
produzindo um atraso no desenvolvimento de qualquer uma destas práticas. Quanto<br />
à regulação tarifária, o regulador (CRA) deve assumir modelos de regulação tarifária<br />
adequados para cada caso. Em vista que o estrato socioeconômico mais carente recebe<br />
um subsídio de 70%, e o componente de investimeno das tarifas é de 60% da tarifa total<br />
(em $/M3), o subsídio ao consumo de energia é suficiente para compensar a totalidade<br />
dos custos de administração, operação e manutenção (AOM) e o investimento que<br />
estão incluídos na tarifa para financiar este de investimento, no entanto, a CRA demora<br />
para definir uma solução a este respeito. Por último, por ser o custo para o usuário<br />
financiado a DTF (taxa interbancária inferior à taxa de mercado), o pagamento da<br />
conexão (rede de água + ligação) financiada equivale a mais de 100% da fatura de<br />
consumo e as EPM devem recorrer a doações e programas de assistência. Deve-se então<br />
direcionar os recursos do orçamento público, inclusive através de programas estatais,<br />
e promover a parceria público-privada. Também criar sistemas de pré-pagamento<br />
das faturas e incorporar padrões de serviços diferenciados segundo as categorias de<br />
mercado como a regionalização, a aglomeração e a diferença na tecnologia aplicável<br />
para poder realizar a cobrança segundo fornecimento e medição do serviço.<br />
60. Análise com base em entrevistas da autora com funcionários das EPM.<br />
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